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Mostrando postagens de março, 2022

O COLAR PRECIOSO

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  Um homem presenteou sua filha com um colar de diamantes valiosíssimo. Contudo, alguns dias depois, o colar desapareceu misteriosamente.  O homem ofereceu a recompensa de R$ 50.000,00 a quem encontrasse e devolvesse o colar e o anúncio foi amplamente divulgado. Lógico que muitos se aventuraram na tentativa de encontrar o precioso objeto. Entre eles havia um rapaz que, passando por um pequeno lago, viu um brilho na água. Aproximando-se, constatou que era o colar perdido.  O lago era sujo e fedorento, mas o moço só pensava na recompensa, então não hesitou: enfiou o braço na água, tentando apanhar a joia. Por um momento achou ter pegado, mas o objeto lhe escapava. Tentou mais duas ou três vezes e nada.  Resolveu mergulhar. Estava com nojo daquela água barrenta, mas não sairia dali sem o colar. A joia estava ali, ele estava certo, o brilho dela não deixava dúvidas.  Mergulhou. Ficou imundo e fedendo, porém seu esforço deu em nada.  Já estava quase desistindo quando um senhor passou por al

TRATADO COMO IRMÃO

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  Todos os dias ela estacionava o carro na mesma vaga. O guardador, sorridente e cortês, a cumprimentava sempre. Por vezes, conversavam brevemente; ela perguntava como ia a família, ele respondia. Comentavam um com o outro sobre algum problema pelo qual passavam. Outras vezes falavam sobre amenidades: o clima, um acontecimento da véspera, o trânsito, entre outros assuntos. Ele aparentemente morava num bairro afastado do centro, numa casa muito simples. Um dia ela se preocupou de forma especial com aquele guardador. Fazia muito frio e o coitado tendo de trabalhar ali na rua, ao relento, vigiando os carros.  - Minha vida não tem sido fácil - comentou a mulher - Tenho enfrentado algumas dificuldades recentemente. Mas tenho pensado em você e reconheço que sua vida deve ser ainda mais difícil. Eu sinto muito por nem sempre poder lhe dar uma gorjeta, mas eu sei que você está precisando. Sei que seu trabalho é digno e que é daqui que você tira o seu sustento. Eu gostaria de poder lhe dar mais

UMA CAMISA PARA O REI

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  Certa vez um rei adoeceu gravemente e, apesar de acompanhado pelos melhores médicos, seu estado só piorava. Quando estavam a ponto de perder as esperanças, uma criada idosa falou: - Eu sei uma forma de salvar o rei: se vocês puderem encontrar um homem feliz, tirem-lhe a camisa e vistam-na no rei e assim ele se recuperará.  Como já se haviam esgotado todas as possibilidades, o rei ordenou que fizessem como a criada sugerira. Enviou emissários a todas as partes do reino, à procura de um homem feliz. Cavalgaram por todos os lugares, mas se depararam apenas com pessoas resmungonas e amarguradas. Ouviram todo tipo de queixa: - Aquele alfaiate fez as calças curtas demais! - Esta comida está péssima! Esse cozinheiro não faz nada direito! - Meus filhos só me dão trabalho e desgostos! - E esse telhado cheio de goteiras? Que praga! - Não tenho nem onde cair morto! Que miséria essa em que vivo! - Será que o governo não pode dar um jeito nesta situação? Essas e muitas outras reclamações foram tu

VIRTUDE X PRAZER

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  Um jovem saiu de casa, sem rumo certo. Caminhava de cabeça baixa, triste e submerso em pensamentos amargos. Questionava-se porque outras pessoas levavam uma vida tão boa, enquanto a dele era sobrecarregada com dores e angústias. Enquanto refletia sobre isso, chegou a uma encruzilhada e parou para decidir sobre qual caminho deveria prosseguir.  A estrada à direita era pedregosa e acidentada, sem nenhuma beleza, e levava diretamente às montanhas. Já a trilha da esquerda era larga e lisa, com árvores frondosas, muita sombra e agradavelmente ruidosa com o canto dos pássaros. Contudo ela levava a um destino desconhecido, ocultado por uma espessa neblina no horizonte.  O jovem, ainda absorto em sua reflexão, viu de repente duas mulheres vindo ao seu encontro; cada uma vinha de uma das trilhas. A que veio do caminho bonito chegou primeiro. Era tão linda quanto um dia ensolarado. Tinha as faces coradas e olhos sedutores. - Nobre jovem! - disse ela - Não se sujeite mais a tarefas árduas; siga

O SONHO DE JEAN

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  Em 1959, quando Jean Harper estava na terceira série, sua professora solicitou aos alunos uma redação sobre o que eles queriam ser quando crescessem. A pequena Jean extravasou no texto o seu coração: queria ser piloto de avião e realizar todas as possibilidades desse sonho. Sua redação, no entanto, levou um zero. - Mas que conto de fadas! - disse a professora ao lhe entregar o texto. - Isso não é profissão para mulher! A pobre Jean ficou arrasada. Mostrou a redação a seu pai, que disse: - Mas é claro que você pode ser piloto, filha! Essa professora não sabe do que está falando. Apesar do apoio do pai, Jean se deparou com muitas pessoas negativas que a desencorajavam sempre que ela falava a respeito de seu sonho, e isso fez com que ela acabasse desistindo.  Entretanto, anos depois, quando ela estava no último ano do segundo grau, teve o apoio e incentivo de Dorothy Slaton, uma professora que procurava tratar os alunos como adultos talentosos e responsáveis.  Um dia, a sra Slaton propô

TARDE DEMAIS

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  Em pleno serviço fúnebre, um senhor de 78 anos, cuja esposa acabara de falecer, começou a gritar: - Oh, como eu a amei! O inusitado lamento perturbou a quietude do funeral. Os demais familiares e os amigos permaneceram de pé em torno da cova, um tanto chocados e embaraçados. - Está certo, pai, nós entendemos - disseram seus filhos, tentando acalmá-lo. O pobre homem desolado olhava fixamente o caixão baixando à sepultura. Após o breve sermão, o padre cumprimentou os presentes que, um a um, foram deixando o local.  Todos, exceto o viúvo.  - Oh, como eu a amei! - gemeu ruidosamente.  Os filhos novamente tentaram contê-lo, mas ele continuou. - Como eu a amei! O padre, aproximando-se, disse: - Entendo como se sente, mas precisamos ir embora. Devemos seguir com a vida, meu filho. - Oh, como eu a amei!... o senhor não faz ideia... eu quase disse isso a ela, uma vez... Quantas incontáveis pessoas não amargam a mesma lamentação? Cônjuges, filhos, pais, irmãos ou mesmo amigos, que convivem a v

QUANDO O MÁRMORE FALA...

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  Um museu de renome internacional era visitado todos os dias por incontáveis turistas que, inevitavelmente, paravam para admirar uma estátua toda feita de mármore, posicionada no centro do salão de entrada. Ao redor dela, num raio de dezenas de metros, o piso era revestido com belíssimos azulejos, também de mármore. Os visitantes, todos eles sem exceção, ficavam encantados com a perfeição e traços bem trabalhados daquela escultura, mas curiosamente nenhum deles notava os delicados detalhes dos azulejos sobre os quais pisavam. Certa noite, os azulejos se puseram a reclamar com a estátua: - Isso não está certo! As pessoas vêm e caminham sobre nós apenas para admirar você, mas nenhuma delas nota a nossa beleza. Não é justo! - Amigos, vocês lembram da época em que todos estávamos na mesma caverna? - perguntou a estátua.  - Sim! E é por isso mesmo que achamos tudo isso muito injusto. Viemos do mesmo lugar e no entanto somos tratados de forma diferente. Isso está errado! - choramingaram os

O RETORNO DA MÃE

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  Os três menininhos chegaram ao anoitecer com o semblante visivelmente triste. Decerto haviam chorado horas seguidas.  De mãos dadas, entraram no que seria seu novo lar dali pra frente. Sua mãe havia morrido na véspera.  O diretor da instituição os recebeu com carinho e tentou lhes providenciar o melhor conforto possível. Como todas as camas estavam ocupadas, ele cedeu a sua para que os três novos moradores pudessem dormir naquela noite. Ele se acomodou, de forma improvisada, no mesmo quarto. Os pobres pequenos órfãos, sobrecarregados com tantas e fortes emoções, logo adormeceram, abraçados uns aos outros. Pela madrugada, algo estranho despertou o diretor. Ao abrir os olhos, percebeu um grande clarão ao lado da cama dos meninos. Tentou erguer-se mas não conseguiu. Em meio àquela claridade, visualizou uma forma feminina, que lhe falou: "Fique aí. Não se preocupe. As crianças estão bem." Aquele ente sobrenatural deteve-se especialmente ao lado do menor dos garotos - aparenteme

PENSANDO ALÉM

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  Numa pacata cidade do interior, um senhor bem idoso era protagonista de uma cena diária que causava ao mesmo tempo admiração e espanto: ele costumava passar o dia inteiro plantando árvores.  As pessoas que passavam por ele acabavam parando para admirar seu trabalho - mesmo aquelas que já o tinham visto fazer isso antes. Lisonjeado com a atenção recebida, o velho pausava seu trabalho e explicava: - Meus filhos sempre insistem comigo pra que eu providencie uma sepultura. Mas eu penso mais além. Desde que obtive licença para plantar árvores em todas as ruas, invisto nisso o dinheiro que poderia empregar num caro mausoléu. Já passei dos oitenta e até hoje nunca vi alguém procurar a sombra de uma lápide para descansar, tampouco vi crianças brincarem em torno de um túmulo.  E concluía dizendo: Em vinte anos, meu nome cairá no esquecimento. Mas meus netos e outras tantas crianças estarão aqui para desfrutar e usufruir destas árvores, assim como qualquer um de vocês que, ao passar por aqui,

SUPEROU A SI MESMO

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  Se é verdade que o ser humano é capaz  de vencer as mais difíceis adversidades, João Carlos Martins (1940-) é exemplo disso. Ainda criança, aprendeu a tocar piano e, com o tempo, construiu uma sólida carreira internacional. Apaixonado pela obra de Bach, tocou nas principais salas de concerto do planeta.  No auge da fama, entretanto, ele sofreu sério revés. Numa partida de futebol, caiu sobre o próprio braço. O acidente o privou dos movimentos da mão.  Para a maioria, uma tragédia. Para ele, um desastre. Mas nem por isso se deu por vencido. Submeteu-se a cirurgias, injeções na palma da mão e intensas sessões de fisioterapia e, assim, pôde retornar aos palcos com a mesma paixão.  Anos depois, a persistência de Martins voltaria a ser testada. Na Bulgária, ele foi assaltado e violentamente agredido, o que acabou lhe afetando os movimentos de ambas as mãos.  Mais uma vez, o célebre pianista recorreu a cirurgias e ao tratamento fisioterápico, superando o infortúnio e voltando ao piano nova

ONDE ESTÁ A FELICIDADE?

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  Certo jovem era imensamente rico, mas sua fortuna não lhe proporcionara a felicidade tão almejada.  Preocupado, foi pedir conselhos a um notório sábio da região. Contou-lhe sobre sua vida, riquezas e anseios. O sábio o conduziu a uma janela. - Olhe para fora com atenção. O que pode ver através da vidraça? - Vejo pessoas indo e vindo, um cego na calçada pedindo esmola, crianças correndo e brincando, passarinhos voando pra todos os lados... - Certo! Agora venha aqui - disse o sábio, pondo o moço em frente a um espelho.  - O que você vê agora? - Vejo a mim mesmo. - Já não vê os outros, não é? Pois bem. Note que a janela e o espelho são feitos da mesma matéria prima: o vidro. Mas neste espelho há uma camada fina de prata colada ao vidro; por essa razão, você não ninguém, além de si mesmo, através do espelho. Daí você pode tirar uma lição: quando a prata do egoísmo encobre nossa visão, só temos olhos para nós mesmos e assim perdemos a chance de alcançar a felicidade efetiva. Mas quando re

RETRIBUIÇÃO

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  Um jovem que estava em grande dificuldade financeira acabou sendo despejado, passando a dormir no carro. Logo faltou dinheiro para o combustível e para alimentar-se.  Com a carteira literalmente vazia, ele se desesperou. Numa noite, com o estômago urrando, entrou numa lanchonete e pediu vários pratos, já que não previa quando poderia comer de novo. Comeu até não mais poder. Ao chamar o atendente para pagar, fingiu ter perdido a carteira, procurando-a por todos os cantos da lanchonete.  O funcionário simulou que apanhava algo no chão. Entregou cem reais ao moço, dizendo: - Acho que é isso que você estava procurando, não é? Deve ter deixado cair quando entrou. O rapaz, confuso e envergonhado, pegou o dinheiro, pagou a conta, recebeu o troco e saiu de fininho. - E se o dono do dinheiro aparecer? - Perguntou-se com medo. Mas aí se deu conta de que o funcionário da lanchonete se apiedara dele, fingindo achar o dinheiro.  Com o troco abasteceu o carro e rodou para outra cidade. Enquanto di

CUIDADO: O PRÓXIMO PODE SER VOCÊ!

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  Um dia a raposa convidou a cegonha para jantar em sua casa. A ave, muito entusiasmada, fez questão de chegar no horário combinado.  A raposa preparou um belo ensopado, servindo a refeição em pratos rasos. A pobre cegonha simplesmente não pôde apreciar a sopa, por mais que se esforçasse; conseguiu somente molhar a ponta do bico. - E aí, gostou da sopa? - perguntou a raposa com malícia.  - Deliciosa! - respondeu a cegonha, desconversando - Obrigada pelo convite. Na verdade a coitada ainda estava morrendo de fome.  Antes de ir embora, disse: - Raposa, desejo te retribuir a hospitalidade. Por favor, venha jantar em minha casa amanhã.  - Obrigada! Irei sim! No dia seguinte, a cegonha também preparou e serviu sopa - oferecida à raposa em uma jarra alta e estreita. A raposa tentou, mas não pôde tomar nada; só conseguiu lamber a parte de cima da jarra. Aí ela sentiu o que a cegonha sentira na véspera.  Nunca faça aos outros o que não gostaria que fizessem com você.  Fábula de Esopo - adaptaç

CONSOLAÇÃO

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  Sentada em sua sala, numa manhã de inverno, Stella sentia um frio maior que o do clima. Um frio que vinha de dentro. É que agora ela estava sozinha. Seu amado David falecera há três meses. Ela jamais poderia imaginar que sentiria tanto sua falta. Desde que chegara o diagnóstico de câncer terminal dele, Stella se preparara para o pior. E ele também.  Prudente e organizado, David deixara toda a papelada em ordem. Não faltaria dinheiro para sua querida esposa. Ele pensara em tudo. Mas a ausência dele era terrível.  De repente, o toque da campainha. Stella foi atender.  Era um rapaz com uma enorme caixa. - É a senhora Araújo? - perguntou. Ao sinal afirmativo de Stella, ele pediu licença para entrar e colocou a caixa no meio da sala. E explicou: - Desculpe, senhora. A entrega deveria ser feita apenas na véspera do Natal. Porém hoje é o último dia de expediente no canil. Espero que a senhora não se importe. Em seguida entregou-lhe um envelope, abriu a caixa e retirou o presente: um filhote

CONFLITO RESOLVIDO

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  Muito tempo atrás, numa pequena cidade do oriente, ocorreu uma rixa entre Fauzi, um jovem poeta, e Nagib, um oleiro. Brigaram tão feio que acabaram parando no tribunal.  O juiz do lugarejo interrogou primeiramente o oleiro, que estava muito exaltado. - Disseram-me que você foi agredido. É verdade? - Sim, senhor juiz! - confirmou Nagib - Estava eu trabalhando em minha oficina quando ouvi um forte ruído. Fui à janela e constatei que Fauzi atirara uma pedra em um dos vasos que eu acabara de aprontar. Exijo uma indenização! O juiz voltou-se para o poeta e perguntou: - Como justifica seu ato? - Senhor, o caso é simples - explicou Fauzi - Há três dias eu passava pela frente da casa de Nagib, quando o ouvi declamando um de meus poemas. Notei, contrariado, que ele distorcia quase todos os versos, falando tudo errado. Fui até ele e lhe ensinei a declamar o poema corretamente. No dia seguinte, ao passar novamente por ali, o oleiro estava a declamar os mesmos versos, outra vez de forma errada.

O BEM MAIS PRECIOSO

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  Dois jovens muito apaixonados decidiram se casar, apesar da extrema pobreza de ambos, mas eles não ligavam para isso. Confiavam muito um no outro e tinham fé de que teriam um futuro promissor.  Antes do casamento, porém, a moça pediu ao noivo: - Não posso nem imaginar que um dia possamos nos separar. Mas pode ser que com o tempo um se canse do outro ou que você se aborreça e me mande de volta para meus pais. Então quero que me prometa que, se isso acontecer, me deixará levar comigo o bem mais precioso que eu tiver. O moço riu, achando aquilo uma bobagem, mas acabou prometendo. E assim se casaram. Decididos a subir na vida, os dois trabalharam com afinco e, aos poucos, começaram a prosperar. Conquistaram uma condição estável, chegando ao ponto de finalmente ficarem ricos. Mudaram-se para um palacete, fizeram muitos amigos e desfrutaram os prazeres da riqueza que construíram. Mas essa boa vida cobrou-lhes um preço. Dedicados integralmente aos bens e aos negócios, pensavam cada vez meno

APRENDEU COM A DOR

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  Aquele era um dos dias mais felizes e esperados pelo pequeno André; a realização de seu grande sonho: mergulhar na enorme piscina de adultos do clube - o presente de aniversário de cinco anos que seu pai lhe prometera. Chegaram cedo ao clube, naquela manhã de domingo. O pai falou: - Filho, preciso ir ao ambulatório a fim de fazer o exame de rotina. Lembre-se que você só entra na piscina comigo. Portanto espere aqui até eu voltar.  Mas André não via a hora de entrar naquele pequeno oceano; tão logo o pai se afastou, correu até à piscina e mergulhou. Só após o mergulho é que ele constatou que aquela piscina não era rasa como as outras. Acostumado a sentir os pés firmes no fundo, agora a sensação era diferente: desespero. Foram os segundos mais sombrios de sua existência.  A água entrando em seus pulmões... seus bracinhos frágeis tentando alcançar a superfície... a respiração ofegante...  Depois, silêncio.  André parou de se debater e apagou.  Tudo foi ficando longe. A angústia sumiu. U

LIVRE DA MORTE E DO ÓDIO

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  Golda era ainda adolescente quando os nazistas invadiram o escritório de seu pai e o levaram embora. Ela nunca mais o viu. Pouco depois, ela e toda a sua família, inclusive seus avós, foram presos e deportados para o campo de concentração em Majdanek - uma das mais horrendas usinas da morte criadas por Hitler. Colocados numa fila, foram obrigados a se despir e a entrar numa enorme câmara. Golda ouvira falar daquele lugar. Era para onde seus amigos e conhecidos foram levados e de onde jamais retornaram. Todos gritaram, choraram e rezaram, mas não havia nenhuma esperança. Golda foi a última a ser empurrada para dentro da câmara, antes de ser fechada a porta e o gás mortal ser liberado. Contudo, inexplicavelmente, os guardas não conseguiram trancar a porta depois de colocarem dentro a última pessoa. Tentaram várias vezes e não conseguiram. Então tiveram de puxar para fora essa última vítima. Só assim puderam trancar a porta da câmara e concluir o maligno serviço.  Como o nome de Golda c

POSANDO E SORRINDO

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  Diariamente uma menina ia até à escola a pé. O caminho não era muito longo mas ela gastava nisso uns bons dez minutos.  Numa ocasião, inesperadamente e quando ela já estava voltando da escola, formou-se um temporal; mesmo assim a garota prosseguiu. A tempestade foi aumentando. Muitos raios e trovões assustadores.  A mãe daquela menina estava sobressaltada. Achou que a filha poderia estar em qualquer lugar, com medo de voltar sozinha. Preocupada, pegou o carro e dirigiu em meio à tormenta, com o fim de encontrá-la. Logo a avistou, andando pela calçada.  Chamou-lhe a atenção, no entanto, o fato de que, a cada relâmpago, a menina parava, olhava para cima e sorria, ao invés de gritar apavorada. - Filha! Venha!  Logo que entrou no carro, a menina foi interpelada: - Querida, o que você estava fazendo, parando e sorrindo em meio ao temporal? Não sabe que poderia ser atingida por um raio? Alegre e despreocupada, a garota respondeu: - Eu estava posando e sorrindo. Deus não parava de tirar fot

FAZENDO A VONTADE DA MÃE

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  Um jovem andava pela rua quando se deparou com um homem caído no meio fio.  Inexperiente, mas com bom coração, o moço chamou um táxi, colocou nele o homem e pediu para irem ao hospital mais próximo.  Só quando chegaram lá foi que o rapaz lembrou que não tinha dinheiro pra pagar a corrida.  - Quem é este homem que você socorreu? - indagou o taxista. - Não sei. Simplesmente o encontrei caído na rua e pensei em socorrê-lo.  - Bem, se você foi capaz de ajudar um desconhecido, eu também posso. Não precisa pagar pela corrida.  Ainda inconsciente, o socorrido foi colocado numa maca e levado ao hospital. Mas, na recepção, o moço teve um problema. Não sabia o nome do homem, nem seu endereço, nem se tinha plano de saúde.  - Não mexi nos bolsos dele; eu só pensei na urgência em socorrê-lo - explicou à recepcionista.  - Mas se ele não é seu parente e nem conhecido, quem então irá se responsabilizar pelos custos do atendimento e da internação? - Não sei; não tenho condições. Só sei que o homem pr