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Mostrando postagens de dezembro, 2021

CHEGOU O DIA...

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  O que o 31 de dezembro significa pra você?  Se é a ante-sala de uma nova dimensão, um período mágico, o prelúdio de uma nova era, um "dia D" - se é o que você acha, talvez tenha que repensar isso. Afinal, o que o 31 de dezembro tem que os demais dias não têm?  Todos têm 24 horas, começam e terminam da mesma forma. Em cada um deles há o fulgor do sol e a claridade suave do luar. Em todos eles temos exatamente o mesmo tempo para fazer o que deve ser feito, sem diferença alguma. Então por que essa expectativa toda em torno do 31 de dezembro? A grande verdade é que muitas pessoas se empolgam em vão. Passado o "revelion", o corpo acorda da ressaca, o entusiasmo e a adrenalina evaporam, a ficha cai e o 1° de janeiro desponta com a mesmice dos demais dias. Mas você não precisa se deixar levar por uma euforia passageira. Ao invés disso, procure enxergar cada dia como igual aos demais e como um dia único e especial, como se não houvesse outro depois.  Você não precisa espe

A DECISÃO DE DISNEY

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  Num dia como outro qualquer, depois de muito refletir, decidi triunfar. Decidi não esperar as oportunidades e, sim, eu mesmo ir buscá-las. Decidi ver cada problema como um meio de encontrar uma solução.  Decidi desvendar em cada deserto a possibilidade de um oásis.  Decidi encarar cada noite como um mistério a resolver. Resolvi enxergar em cada dia uma nova chance de ser feliz. Descobri que meu verdadeiro rival está em mim mesmo - minhas próprias limitações; e que enfrentá-las é a única forma de as superar. Descobri que eu não sou o melhor e que talvez eu nunca seja. Deixei de me importar com quem ganha ou perde. O que importa pra mim agora é, simplesmente, saber melhor o que fazer. Aprendi que o difícil não é chegar lá em cima, mas deixar de subir.  Passei a entender que o melhor triunfo é poder encontrar e chamar alguém de "amigo". Descobri que o amor é mais que um simples estado de enamoramento - é uma filosofia de vida. Aprendi que de nada serve ser luz se isso não ilum

OUTRA JANELA

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  A menina, debruçada à janela, espremia lágrimas insistentes e seu pobre coração estava esmagado vendo o destino final de seu melhor amigo - seu cãozinho.  Estava sendo enterrado pelo jardineiro, ao pé de uma árvore. Cada pá de terra lançada sobre o cadáver parecia enterrar também a felicidade da garotinha. O avô, que a observava, aproximou-se e envolveu-a num terno abraço. - Triste cena, não é, querida? A coitada chorou ainda mais. O avô tomou-a pela mão.  - Venha, quero mostrar-lhe uma coisa. Levou-a a uma outra janela, no lado oposto da ampla sala. Abriu as cortinas.  Havia ali um cenário bem diferente; um imenso jardim florido. O avô, docemente, disse: - Querida, está vendo aquele pé de rosas amarelas, bem ali à frente? Lembra quando me ajudou a plantá-lo? Foi num dia tão ensolarado como este! Era apenas um pequeno galho cheio de espinhos. Veja como ficou... carregado de flores perfumadas... A menina parara de chorar e começara a sorrir com as lembranças daquela roseira. O avô mos

AJUDANDO A SI MESMO

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  Um carro de luxo parou diante do pequeno escritório à entrada do cemitério e o chofer, descendo do carro, dirigiu-se ao vigia: - Pode me acompanhar ao carro, por favor? É que minha patroa está doente e não pode sair do veículo - explicou - Pode vir falar com ela? O vigia se deparou com uma senhora de idade, cujos olhos mal disfarçavam um profundo sofrimento.  - Sou a Sra Adams - explicou - Nos últimos dois anos, tenho lhe enviado cinco dólares por semana.  - Ah, sim... para as flores - lembrou o vigia. - Justamente; para serem colocadas na sepultura do meu filho. Vim aqui hoje porque os médicos me advertiram que tenho pouco tempo de vida. Então quis vir visitar meu filho uma última vez e para agradecer a você.  Um pouco hesitante, o vigia falou delicadamente: - Sabe, senhora... eu sempre lamentei que continuasse mandando o dinheiro para as flores... - Como assim?  - É que... a senhora sabe... as flores duram tão pouco... e afinal, aqui, ninguém as vê... - O senhor sabe o que está diz

ONDE NÃO SE IMAGINA, FLORESCE O AMOR

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  Durante a Segunda Grande Guerra, quando os nazistas invadiram a Polônia, uma jovem e sua família viveram por meses escondidos em um porão, pois os judeus estavam sendo implacavelmente perseguidos. Acabaram sendo descobertos e separados uns dos outros. A jovem nunca mais viu seus pais, nem teve notícias de seus irmãos.  Levada a um campo de concentração, ela padeceu os maiores horrores. A comida era escassa e o tratamento era rude. Muitas de suas companheiras enlouqueciam, outras eram mortas e outras ainda se suicidavam. Por diversas vezes, ela também pensou em se matar; mas, embora morrendo de frio, quase dilacerada pela fome e sem perspectiva de salvação, a jovem lembrava de seu pai. Quando ainda estavam juntos, ele lhe disse: "Filha, aconteça o que acontecer, nunca fuja da vida; resista até o fim". E a fez prometer que jamais desistiria de viver. Com o avanço dos aliados, aquela jovem e mais 4000 mulheres foram obrigadas pelos alemães a uma marcha forçada. Ao longo do tra

ANTES COXO QUE CEGO

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  Numa universidade norte-americana, um estudante de medicina chamado Tadeu Marlin nutria um estúpido conceito sobre deficientes. Apoiava a eutanásia dos aleijados e outros doentes incuráveis. Irreverente, travava calorosas discussões com colegas que pensavam de maneira diferente da sua. Eles o rebatiam, dizendo: - Você não vê que estamos aqui estudando precisamente para salvar os aleijados, coxos e cegos? - Os médicos existem, sim, para cuidar dos doentes. Mas se nada se pode fazer em benefício deles, melhor deixá-los morrer! - era a resposta que ele dava. Uma noite, já como estagiário em um hospital, no último ano do curso, Marlin foi chamado para assistir a uma parturiente, uma imigrante alemã que residia num bairro miserável da cidade.  Era o décimo filho que a pobre mulher dava à luz, e o bebê veio ao mundo com uma perninha mais curta que a outra. Enquanto o parto era realizado, Marlin pensou: "Que despropósito! Esse aí vai passar a vida inteira arrastando essa perna! Na esco

O GESTO É O MAIS IMPORTANTE

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  Um menino pobre entrou em uma loja, escolheu um sabonete comum e pediu ao dono do estabelecimento que o embrulhasse para presente. - É para minha mãe! - explicou, orgulhoso. O homem ficou comovido diante da singeleza daquele presente. Olhou com compaixão seu pequeno freguês e desejou ajudá-lo. Achou que poderia embrulhar junto com o sabonete algum artigo mais significativo. No entanto ficou indeciso: ora olhava para o garoto, ora para as prateleiras da loja.  "Faço ou não faço?", pensou. Como o homem se demorava, o guri se adiantou. Enfiou a mão no bolso e retirou todas as moedas que trouxera, colocando-as sobre o balcão.  O comerciante se comoveu ainda mais quando viu as moedas, cujo valor era quase insignificante. Ficou com pena do menino e se pegou lembrando da própria infância. Fora muito pobre e também sempre quis presentear sua mãe, mas ela morreu quando ele era ainda jovem, antes de conseguir o primeiro emprego.  O menino, um pouco inquieto, despertou o homem de seus

O PODER DE UMA CRIANÇA

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Linda era chinesa e morava no Havaí. Contrariando seu pai, que desejava vê-la casada com um chinês, ela foi para a Califórnia e se casou com um americano que conhecera na universidade.  Depois do casamento, criou-se um clima pesado entre pai e filha. Ele não a visitava e vice-versa.  Quando a mãe telefonava, o pai nunca pedia pra falar com a filha. Com isso Linda entendeu que ele desaprovava tudo o que ela fizera, traindo as tradições da família.  Linda suspirava, lembrando-se de sua infância feliz quando brincava com o pai, correndo atrás dele. Quando ela se cansava, o pai a colocava sobre os ombros e cantava para ela:  "Você é minha luz do sol;  Você me faz feliz  Quando o céu está cinzento" Após um tempo, Linda teve um bebê - um garoto. Quando ele completou cinco meses, ela decidiu que era hora de mostrá-lo aos avós. Assim, ela e o marido foram ao Havaí. Mas Linda estava aflita. Será que o pai a receberia? Ela levava uma criança que pouco tinha a ver com seus antepassados

"APENAS HOJE", DISSE O PAPA

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Em 1958, o mundo assistiu à posse de um novo papa. Aos 77 anos, Angelo Giuseppe Roncalli (1881-1963) se tornou o papa João XXIII.  Roncalli era conhecido por causar um impacto sempre positivo nas pessoas. Reconhecia humildemente suas limitações e era dotado de um forte senso de humor. Como Sumo Pontífice, surpreendeu pela coragem de suscitar debates sobre temas até então intocáveis.  Em 1960, num de seus escritos, registrou uma página com notável sentimento de religiosidade universal. Chama-se "o decálogo da serenidade", e contém dez sugestões de conduta para toda pessoa que deseja a paz: "1. Procurarei viver pensando apenas no dia de hoje, exclusivamente neste dia, sem querer resolver de uma só vez todos os problemas da minha vida; 2. Hoje, apenas hoje, procurarei ter o máximo cuidado na minha convivência; cortês nos meus modos, a ninguém criticarei, nem pretenderei melhorar ou corrigir ninguém à força, senão a mim mesmo; 3. Hoje, apenas hoje, serei feliz, na certeza de

O CUSTO DE UM MILAGRE

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  Certa noite, uma menina de seis anos ouviu seus pais conversando sobre seu irmãozinho mais novo. Compreendeu que ele estava muito doente e que seus pais não tinham dinheiro para o tratamento dele. Seu irmão precisava de uma intervenção cirúrgica, que era cara, mas não havia ninguém que pudesse emprestar-lhes dinheiro. Ouviu quando sua mãe sussurrou para o pai, chorosa: - Somente um milagre poderá salvá-lo. A garotinha foi ao seu quarto e tirou do armário seu tesouro secreto - um pote com moedas. Contou-as e depois as recolocou no recipiente. Saiu de fininho pelos fundos e foi à farmácia.  O farmacêutico estava ocupado com clientes, então a menina precisou esperar um pouco. Quando o homem finalmente a atendeu, disse, aborrecido: - O que você quer? - Bem, meu irmãozinho está doente e eu preciso comprar um milagre. - Como? - replicou o farmacêutico, atônito.  - Ele se chama Andrew e está com alguma coisa muito ruim crescendo dentro da cabeça. Minha mãe disse que só um milagre pode salvá

POR MAIS EMPATIA

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  A placa de um Pet Shop atraiu a atenção de um garotinho: "Vendem-se filhotes". Entrou na loja decidido e foi logo perguntando ao dono: - Por quanto o senhor vende os filhotes? - Cada um custa R$ 50,00. O menino remexeu os bolsos e tirou uns trocados. - Só tenho R$ 2,35... posso ver os filhotes? O dono da loja assobiou. Veio lá de dentro uma cadela e seus cinco filhinhos. Mas um deles chegou mais devagar que os outros.  - O que há de errado com o último cachorrinho? - indagou o garoto. - Bem... o veterinário examinou esse filhote há alguns dias e descobriu que ele tem o quadril deslocado. Por esse motivo, irá mancar para sempre. Será sempre coxo. Os olhos daquela criança brilharam. - É esse o cachorrinho que quero comprar! - disse, sorrindo. - Se você realmente o quer, eu o darei a você.  Mas o garoto retrucou com firmeza: - Eu não quero que me dê! Esse cachorrinho vale tanto quanto os demais. Eu pagarei o preço certo por ele. Darei agora o que tenho e pagarei o restante qua

NÃO SEJA EGOÍSTA E SERÁ RECOMPENSADO

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  Uma grande fome se abateu num país da Europa.  Os pobres, sobretudo as crianças, sofreram muito. Um homem abastado encontrou vinte crianças na rua e as chamou. Disse-lhes que todos os dias, durante a crise, ele compareceria à praça com uma cesta com pães para elas. Mas cada uma teria direito a apenas um pão.  No primeiro dia em que o homem foi à praça, os pequenos, esfomeados, partiram pra cima do cesto e brigaram entre si, cada um querendo o pão maior. Terminada a disputa, cada um saiu correndo com seu trunfo - o pão.  Quando todas as crianças saíram, aproximou-se uma garotinha. Ficara olhando à distância a briga dos colegas. Chegou devagar e pegou o último e menor pão que sobrara no cesto. Olhou para o homem, agradeceu com um sorriso e foi embora. No dia seguinte, a mesma coisa. Aos empurrões e tapas, a criançada faminta pelejou pelos maiores pães. Para a pequenina, mais uma vez, restou um pão tão pequeno que não chegava à metade do tamanho dos outros. Quando ela chegou em casa e s

OLHANDO PELA JANELA

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  Certa vez um advogado escreveu: "Era criança quando, pela primeira vez, entrei num avião. A ansiedade para voar era enorme.  Queria me sentar ao lado da janela de qualquer jeito e observar o voo desde o primeiro momento. Ao olhar pela janela o avião rompendo as nuvens e chegando ao céu azul, fiquei simplesmente extasiado.  Cresci, me formei e comecei a trabalhar. Em meu trabalho, desde o inicio, voar era um rotina constante. No início sempre pedia uma poltrona ao lado da janela e, com olhos ainda infantis, fitava as nuvens, curtia a viagem e nem me incomodava de esperar um pouco mais para sair do avião e pegar a bagagem. O tempo foi passando, a correria aumentando, e já não fazia questão de me sentar à janela, nem de apreciar a vista lá fora. Perdi o encanto. Pensava somente em chegar e sair do avião o quanto antes. As poltronas do corredor agora eram preferência. Mais fáceis pra sair sem ter que incomodar ninguém. Mas, um dia, eu estava louco pra voltar de São Paulo numa tarde

O MELHOR CAMINHO É A HONESTIDADE

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  Durante a guerra civil chinesa (1946-1949), Wong, sua esposa Lee e suas quatro filhas tinham urgência em sair de Hong Kong. Ele era um ilustre professor procurado pelas forças que oprimiam o país.  Wong tentava, com muita dificuldade, conseguir um meio de transporte que pudesse levá-los para o campo, à casa de um parente, onde poderiam se esconder em segurança.  Após um tempo que pareceu uma eternidade, Wong chegou com uma carroça e seu condutor. Enquanto providenciavam a acomodação das malas, um outro condutor se aproximou e se ofereceu para levar a família ao destino, por um preço mais em conta. Wong considerou aceitar a oferta do segundo condutor. Porém sua esposa argumentou que não era correto dispensar o que fora contratado primeiro. Afinal, ele havia gastado tempo, conduzindo até ali a sua carroça e, portanto, merecia fazer o serviço.  Wong seguiu o conselho da sua mulher e seguiram viagem com o primeiro condutor, apesar de pagarem mais por isso. Chegaram enfim ao destino. O sí

O CÍRCULO MARAVILHOSO DO AMOR

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  Um motorista dirigia acelerado, mas não o bastante para ignorar uma mulher que estava com o carro parado no acostamento. Percebeu que ela precisava de ajuda. Ele então parou seu veículo e se aproximou. A mulher estava visivelmente aflita.  O homem viu que ela estava com medo; então disse: - Senhora, estou aqui para ajudar. Fique dentro do carro, está frio aqui fora. A propósito, meu nome é Alfredo. - Bem, sr Alfredo, acontece que é só o pneu furado, mas pra mim é uma grande complicação.  Alfredo ajustou o macaco, levantou o carro, trocou o pneu. Mas no processo ele se sujou um bocado e ainda feriu uma das mãos.  Enquanto ele fazia o serviço, a mulher abrira a janela do carro e conversava com ele. Contou que estava de passagem por ali, pois morava em outra cidade, e simplesmente não sabia como agradecer pela preciosa ajuda.  Alfredo apenas sorriu enquanto se levantava. - Quanto lhe devo? - indagou ela. - Senhora, isso não foi nada. Não precisa me pagar por isso. Eu sempre procuro ajud

A PEDRADA MAIS DOLOROSA

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  Um homem foi condenado à morte por apedrejamento. Seus algozes lhe atiravam grandes pedras mas o réu, impressionantemente, suportava o terrível castigo em silêncio. Não emitia um grito, um murmúrio que fosse. Na sua condição, compreendia que a desgraça caíra sobre ele e que, portanto, seus clamores de nada serviriam. Naquela hora, passou por ali um homem que havia sido seu amigo. Pegou uma pequena pedra e jogou nele, apenas para demonstrar publicamente que não estava do lado do condenado.  Ao ser atingido pela pedrinha, o réu deu um grito estridente. O rei, que assistia à execução, ordenou a um de seus homens que perguntasse ao réu porque ele gritara quando atingido pela pedra miúda, depois de ter suportado em silêncio as pedras maiores. - As pedras grandes - respondeu - foram atiradas por pessoas que não me conhecem, por isso me calei. Mas o seixo foi jogado por alguém que foi meu amigo. Por isso gritei, em protesto contra ele. Lembrei de sua amizade nos bons tempos. E agora vi sua

EGOÍSMO FATAL

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  Uma jovem princesa, mesmo cercada de riquezas e conforto, não se sentia plenamente feliz. Faltava-lhe algo e o vazio em seu coração era imenso.  Assim, aflita, mandou chamar um ancião, famoso pela sabedoria. Confessou-lhe sua angústia e rogou-lhe ajuda. O respeitável sábio sorriu e lhe falou: - Alteza, daqui a três luas nascerá em seu jardim a mais bela flor que seus olhos já viram. Será uma rosa encantada que, com sua beleza, perfume e encantamento, lhe darão a alegria de que sentes falta. Mas, tenha cuidado: é sua a responsabilidade de cuidar dela. Caso contrário, a flor e seu encanto se perderão.  A princesa sorriu, agradecida, e aguardou com ansiedade o momento em que conheceria a flor encantada. Na data prevista, ao amanhecer, a princesa avistou de sua janela a flor - de fato, a mais linda que já havia visto! A donzela correu ao jardim e atirou-se de joelhos na grama, maravilhada com a beleza da flor. Beijou-lhe as pétalas suavemente, inalou com vontade o seu perfume. Ordenou ao

O ÚLTIMO PASSEIO

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  Era tarde da noite quando o taxista recebeu uma chamada. Dirigiu-se ao endereço indicado.  Era um prédio pequeno e simples, com uma única luz acesa no térreo.  Desceu do carro, foi até à porta, tocou a campainha. Ouviu passos vagarosos e arrastados e uma voz débil responder: - Estou indo. Um momento, por favor. Pouco depois uma idosa, franzina e baixa, com vestido estampado, abriu a porta. Amparava-se numa bengala e tinha um semblante gentil. O homem olhou para dentro e percebeu que todos os móveis estavam cobertos por lençóis. Apanhou a mala da senhora e a ajudou a entrar no veículo. Após informar seu destino, ela pediu para irem pelo centro da cidade. - Mas o trajeto que a senhora sugere é o mais longo - observou o taxista. - Não tem importância - respondeu ela, resoluta - Não tenho pressa. Desejo olhar a cidade, uma última vez, antes de ir para o asilo. Não tenho mais parentes e o médico me disse que morrerei em breve. O taxista, que começara a dar partida, desligou o taxímetro, s

UMA LIÇÃO DO PAPA

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  O jovem polonês Karol Józef Wojtyla (1920-2005) sofreu de perto os horrores da Segunda Guerra Mundial. Os nazistas estavam determinados a riscar a Polônia do mapa. Naquela época, esse rapaz atravessou um dos mais tensos períodos de sua vida. Precisava caminhar durante dias sob um frio terrível para trabalhar numa pedreira. Também lutava para conseguir comida e remédios para o pai idoso e enfermo - que morreria em fevereiro de 1941. Além disso, arriscava a vida ajudando um grupo teatral que fazia parte da resistência à ocupação alemã e estudava para o sacerdócio, escondido na casa do arcebispo de Cracóvia.  Muitos anos depois, em 1997, o agora papa João Paulo II foi entrevistado. Perguntaram-lhe o que ele aprendera naqueles dias de tormenta e incerteza. Breve e direto, o papa respondeu: - Participei da mesma experiência dos meus contemporâneos - a humilhação por meio da crueldade. Muitos reagiram a essa situação de formas diferentes: alguns enlouqueceram, outros se suicidaram; houve q