ONDE ESTÁ A FELICIDADE?

 

Certo jovem era imensamente rico, mas sua fortuna não lhe proporcionara a felicidade tão almejada. 

Preocupado, foi pedir conselhos a um notório sábio da região. Contou-lhe sobre sua vida, riquezas e anseios.

O sábio o conduziu a uma janela.

- Olhe para fora com atenção. O que pode ver através da vidraça?

- Vejo pessoas indo e vindo, um cego na calçada pedindo esmola, crianças correndo e brincando, passarinhos voando pra todos os lados...

- Certo! Agora venha aqui - disse o sábio, pondo o moço em frente a um espelho. 

- O que você vê agora?

- Vejo a mim mesmo.

- Já não vê os outros, não é? Pois bem. Note que a janela e o espelho são feitos da mesma matéria prima: o vidro. Mas neste espelho há uma camada fina de prata colada ao vidro; por essa razão, você não ninguém, além de si mesmo, através do espelho. Daí você pode tirar uma lição: quando a prata do egoísmo encobre nossa visão, só temos olhos para nós mesmos e assim perdemos a chance de alcançar a felicidade efetiva. Mas quando retiramos o egoísmo e enxergamos através dos vidros limpos da empatia e da compaixão, encontramos o verdadeiro sentido da vida e da felicidade. Então, se quer ser feliz, retire o revestimento de prata, o egoísmo que te cobre os olhos, a fim de poder enxergar o teu semelhante e amá-lo. É esse o segredo da felicidade. 

Quando saímos do casulo do egoísmo, nos damos conta de que há muitas pessoas em condição mais difícil que a nossa e que dariam tudo pra estar em nosso lugar.

Por mais atribulada que esteja nossa vida, há sempre algo de bom que podemos fazer pelo próximo. Pra ele será grande coisa, mesmo que seja uma bagatela aos nossos olhos.

Pode ser um sorriso gentil, uma palavra animadora, um abraço sincero, um simples "bom dia", cinco minutos de atenção, um gesto de carinho, uma frase de otimismo, enfim. 

Quem de nós pode afirmar que nunca necessitou, em algum momento, de uma só destas pequenas grandes coisas?

Encontramos a felicidade precisamente nas mínimas coisas boas que fazemos uns aos outros. E se pudermos também fazer coisas maiores, melhor ainda!

Autoria desconhecida - adaptação de Marcos Aguiar.