TARDE DEMAIS

 




Em pleno serviço fúnebre, um senhor de 78 anos, cuja esposa acabara de falecer, começou a gritar:
- Oh, como eu a amei!
O inusitado lamento perturbou a quietude do funeral. Os demais familiares e os amigos permaneceram de pé em torno da cova, um tanto chocados e embaraçados.
- Está certo, pai, nós entendemos - disseram seus filhos, tentando acalmá-lo.
O pobre homem desolado olhava fixamente o caixão baixando à sepultura. Após o breve sermão, o padre cumprimentou os presentes que, um a um, foram deixando o local. 
Todos, exceto o viúvo. 
- Oh, como eu a amei! - gemeu ruidosamente. 
Os filhos novamente tentaram contê-lo, mas ele continuou.
- Como eu a amei!
O padre, aproximando-se, disse:
- Entendo como se sente, mas precisamos ir embora. Devemos seguir com a vida, meu filho.
- Oh, como eu a amei!... o senhor não faz ideia... eu quase disse isso a ela, uma vez...
Quantas incontáveis pessoas não amargam a mesma lamentação?
Cônjuges, filhos, pais, irmãos ou mesmo amigos, que convivem a vida inteira, mas não têm coragem de declarar seus sentimentos!
Não deixe sua declaração de amor entalada na garganta; coloque-a para fora hoje mesmo. 
Tome essa atitude agora. Conjugue o verbo amar no tempo presente. Tal atitude só fará bem a teus queridos, assim como a você. 

Texto de Hanonch Mccarty - adaptação de Marcos Aguiar. 


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