UMA LIÇÃO DO PAPA

 




O jovem polonês Karol Józef Wojtyla (1920-2005) sofreu de perto os horrores da Segunda Guerra Mundial. Os nazistas estavam determinados a riscar a Polônia do mapa.
Naquela época, esse rapaz atravessou um dos mais tensos períodos de sua vida. Precisava caminhar durante dias sob um frio terrível para trabalhar numa pedreira. Também lutava para conseguir comida e remédios para o pai idoso e enfermo - que morreria em fevereiro de 1941. Além disso, arriscava a vida ajudando um grupo teatral que fazia parte da resistência à ocupação alemã e estudava para o sacerdócio, escondido na casa do arcebispo de Cracóvia. 
Muitos anos depois, em 1997, o agora papa João Paulo II foi entrevistado. Perguntaram-lhe o que ele aprendera naqueles dias de tormenta e incerteza.
Breve e direto, o papa respondeu:
- Participei da mesma experiência dos meus contemporâneos - a humilhação por meio da crueldade. Muitos reagiram a essa situação de formas diferentes: alguns enlouqueceram, outros se suicidaram; houve quem aderisse ao caminho da resistência violenta; e, ainda, quem se tornasse comunista, com a ilusão de construir uma utopia na Terra. Mas, diante de toda a pressão dos maus, eu escolhi resistir ao mal. 
Diante dos dias difíceis e lutas constantes, pense em seu fortalecimento moral. Não ceda ao mal. Aceitar a derrota ou batalhar pela vitória é o seu desafio diário. 
Tudo é questão de opção. Pense nisso.

Texto de George Weigel - adaptação de Marcos Aguiar. 


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