O CÍRCULO MARAVILHOSO DO AMOR

 

Um motorista dirigia acelerado, mas não o bastante para ignorar uma mulher que estava com o carro parado no acostamento. Percebeu que ela precisava de ajuda.

Ele então parou seu veículo e se aproximou. A mulher estava visivelmente aflita. 

O homem viu que ela estava com medo; então disse:

- Senhora, estou aqui para ajudar. Fique dentro do carro, está frio aqui fora. A propósito, meu nome é Alfredo.

- Bem, sr Alfredo, acontece que é só o pneu furado, mas pra mim é uma grande complicação. 

Alfredo ajustou o macaco, levantou o carro, trocou o pneu. Mas no processo ele se sujou um bocado e ainda feriu uma das mãos. 

Enquanto ele fazia o serviço, a mulher abrira a janela do carro e conversava com ele. Contou que estava de passagem por ali, pois morava em outra cidade, e simplesmente não sabia como agradecer pela preciosa ajuda. 

Alfredo apenas sorriu enquanto se levantava.

- Quanto lhe devo? - indagou ela.

- Senhora, isso não foi nada. Não precisa me pagar por isso. Eu sempre procuro ajudar pessoas que estão em necessidade e fico contente por isso. Quando a senhora encontrar uma pessoa que precise de ajuda, lembre-se de mim e ajude-a.

Ele esperou até que ela saísse com o carro. Viu que estava tudo certo, então saiu também. 

Algumas milhas adiante, a mulher encontrou um pequeno restaurante e resolveu parar lá. Logo a garçonete se aproximou, perguntando-lhe o que desejava comer. 

Quando a garçonete foi buscar a refeição, a mulher pensou em como foi bem recepcionada por ela, apesar do avançado estágio de gravidez (da garçonete). Então se lembrou de Alfredo.

Depois que terminou de comer, enquanto a garçonete fora buscar o troco para a nota de 100 dólares, aquela senhora se retirou discretamente. Quando a garçonete retornou, encontrou sobre a mesa algo escrito no guardanapo e mais 400 dólares. 

Ela leu, entre lágrimas, o seguinte: "Você não me deve nada, eu já tenho o bastante. Alguém me ajudou há pouco e da mesma forma estou te ajudando. Não deixe este círculo de amor terminar com você; passe adiante".

Revigorada com aquelas palavras e com a ajuda que recebeu, a garçonete cumpriu seu expediente e voltou para casa. 

Mais tarde, deitada na cama com o marido exausto, ela não parava de pensar no acontecido. Como aquela senhora podia saber o quanto ela e o esposo precisavam daquele dinheiro? Com o bebê prestes a nascer, aquele dinheiro veio em boa hora!

E, antes de pegar no sono, virou-se para o marido que já dormia, deu-lhe um beijo e sussurrou:

- Tudo ficará bem, Alfredo. Eu amo você. 

Lembre-se: tudo que vai, volta.

Autoria desconhecida - adaptação de Marcos Aguiar.