O JOGO DO CONTENTE



Polyanna era uma doce garota, órfã de mãe, que há muito desejava ganhar uma boneca. Aproximava-se o Natal e seu pai aparentemente encomendara um presente para ela.
Contudo, para a decepção da menina, o embrulho encomendado continha um par de muletas. Polyanna se pôs a chorar.
- Mas, minha filha, você deveria ficar contente! - disse o pai ao tentar consolá-la.
- Contente por quê? Pedi uma boneca e ganhei um par de muletas!
- Pois fique contente por não precisar delas!
Com isso a garota compreendeu a lição - denominada pelo pai de "o jogo do contente".
Tempos depois ela ficou órfã também do pai e foi entregue aos cuidados de uma tia carrancuda e exigente. Entretanto, ao invés de se deixar abater pelas maldades da tia, Polyanna encontra em tudo um motivo para alegrar-se.
O quarto em que dormia era pequeno? Ótimo; assim levava menos tempo para limpá-lo.
Não havia lindos quadros na parede como os que tinha na casa de seu pai? Sem problemas: era só abrir a janela e contemplar os quadros vivos da natureza.
Sem espelho? Excelente; dessa forma não notaria as sardas do próprio rosto.
O "jogo do contente" se tornou, assim, o jogo sério da vida de Polyanna - e ela sempre ganhava.
Viver com alegria é uma arte. Um semblante carregado sempre reflete aflição e desgosto e não faz bem a ninguém. Todos podemos destilar bom ânimo, irradiando a energia positiva de nosso interior e oferecer isso a nosso semelhante.

Baseado na obra de Eleanor Hodman Porter - adaptação de Marcos Aguiar.

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