AS MELHORES MÃOS



Quatro mocinhas aproveitavam o sol da primavera à beira de um lago. Quiseram então propor uma brincadeira: eleger qual delas teria as mãos mais bonitas.
A primeira, mergulhando as mãos na água e erguendo-as em seguida, falou:
- Vejam como minhas mãos são brancas e macias! As gotículas d'água parecem lindos brilhantes entre meus dedos!
A segunda tomou uns morangos e os esbagaçou entre as palmas, deixando-as rosadas.
- Minhas mãos, sim, são belas! Lembram o aspecto da alvorada! Hidrato-as todas as manhãs com sucos de frutas!
A terceira moça colheu algumas violetas e as esmagou entre as mãos, que ficaram muito perfumadas.
- Minhas mãos são as mais formosas, pois exalam o mais agradável olor!
A última garota era tímida e não quis mostrar as mãos; escondeu-as no colo.
As outras então chamaram uma senhora que passava por ali, para que ela opinasse sobre a questão.
Ao examinar as mãos das três primeiras, a mulher balançava a cabeça.
A quarta jovem continuava com as mãos cerradas.
- Minha querida, mostre-me suas mãos - pediu a senhora.
Ao conferir as mãos daquela moça, concluiu:
- Estas mãos estão bem asseadas, mas endurecidas também. Há muitos traços de trabalho nelas. Elas mostram que sua dona ajuda seus pais em suas tarefas cotidianas; são mãos que exalam o aroma da simplicidade e da dedicação. Tomam conta do bebê, ensinam o irmão menor a fazer a lição, lavam e passam, bordam e costuram. São mãos marcadas pelo amor. Por isso merecem o primeiro lugar, pois são as mãos realmente úteis!

Texto de Lawton B. Evans - adaptação de Marcos Aguiar.

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