LIDERANÇA E EMPATIA



Conta-se que Alexandre, o Grande (356-323 a.C.) e seu exército, quando retornavam para a Babilônia após a conquista da Índia, atravessaram uma região árida e deserta. As provisões estavam no fim e acabara-se a água. Todos sofriam terrivelmente com o calor, a fome e sobretudo a sede. Lábios rachados e gargantas ressecadas e ardentes. Muitos soldados estavam a ponto de desfalecer e tombar definitivamente.
Por volta do meio-dia, encontraram-se com uma pequena caravana. Os viajantes iam montados em mulas e carregavam jarras com alguma água.
Um deles, avistando o rei (que àquela altura estava quase a sufocar de sede), encheu uma vasilha com água e a ofereceu a ele.
Alexandre tomou a vasilha e olhou em torno de si. Contemplou os rostos desfigurados de seus homens que, tanto quanto ele, ansiavam pelo líquido precioso.
- Obrigado, mas pode ficar com sua água - disse o rei, devolvendo a vasilha sem tomar um só gole - Não tem sentido matar apenas a minha sede se não há água suficiente para todos.
Diante da nobre atitude de seu rei, os soldados recobraram o ânimo e, entusiasmados, seguiram em frente até encontrarem um oásis, não muito tempo depois.
Com o isso o grande soberano dos gregos deu um exemplo de verdadeira humanidade e empatia, tornando-se uma boa lição viva, capaz de inspirar o bem e incitar esperança.

Texto de Roberto Shinyashiki - adaptação de Marcos Aguiar.

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

A VERDADEIRA RIQUEZA

ABANDONADA

O PEQUENO HERÓI HOLANDÊS