BREVE RELAÇÃO QUE VALEU A PENA



Uma jovem casada, ao saber que estava grávida, vibrou de felicidade. Um filho era o que faltava para brindar sua vida e seu lar com mais alegrias.
Algo, entretanto, viria obscurecer suas expectativas, como o céu que de repente fica nublado.
Um exame preliminar revelou que seu bebê apresentava um problema: era anencéfalo. A orientação médica era que fosse feito um aborto.
Adriana e seu esposo choraram com a notícia. Mesmo nascendo, a criança sobreviveria apenas algumas horas após o parto.
Mas Adriana estava resoluta. Não abortaria. Ela e o marido simplesmente não aceitavam a ideia de obstruir a seu filho a chance de viver.
Surpreendentemente, um novo exame posterior revelou que o bebê na verdade tinha cérebro, mas que havia um não fechamento neural - algo que poderia ser corrigido cirurgicamente. Assim, a gestante continuou a receber acompanhamento.
Rafaela nasceu precisamente no primeiro dia de 2005 - como se quisesse anunciar o novo ano com sua chegada.
"Fizemos de tudo pra que ela sobrevivesse", contou Adriana. "E tudo aconteceu da melhor forma. Só meu marido e eu podíamos vê-la no hospital. E, cada vez que a visitávamos, sabia que aqueles momentos eram só nossos, para conhecê-la e estar com ela. Minha filha viveu apenas 17 dias. Se realmente o diagnóstico mudou ou porque mudou, eu não sei. Só sei que cada minuto ao lado da minha filha valeu muito. Em tudo isso aprendi que o amor é o mais importante. O tempo abrandou a dor da separação, mas acredito que Rafaela, onde ela estiver, está feliz e agradecida por tudo que passou. E eu sou grata pelo privilégio de ter sido sua mãe. Então minha mensagem a todas as mulheres é que não desistam de ser mães, pois ser mãe sempre vale a pena!"

Texto de Laércio Furlan - adaptação de Marcos Aguiar.

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