OUÇA PRIMEIRO



Barbara tinha uma relação muito tensa com sua filha Laurie e a coisa parecia piorar a cada dia.
Laurie, antes uma menina serena e dócil, tornou-se insubmissa e até provocadora às vezes, por mais que sua mãe lhe passasse sermões e a ameaçasse com castigos.
Num dia que pareceu ser a gota d'água, Laurie não terminou suas tarefas domésticas e partiu para a casa de uma amiga. Quando voltou, sua mãe esteve prestes a estourar com ela, mas se conteve disparando:
- Por que, Laurie, por quê?
- A senhora quer mesmo saber? Pois bem, vou lhe dizer: a senhora nunca me deu atenção. Nunca parou pra me ouvir. Sempre que eu sentia necessidade de me abrir e compartilhar meus sentimentos, a senhora me interrompia com ordens e mais ordens.
Barbara então se deu conta de que sua filha precisava dela - não como uma mãe mandona, mas como uma confidente, uma conselheira para abrandar suas confusões e dilemas de adolescente. E tudo o que ela tinha feito até ali era falar e falar, quando deveria ouvir.
A partir daquele dia, Laurie ganhou a melhor amiga de sempre e, em justa retribuição, se tornou uma colaboradora fiel dos afazeres do lar.
Nas relações humanas, quantos problemas não seriam amenizados se parássemos mais pra ouvir ao invés de sempre querer ter a última palavra!

Texto de Dale Carnegie - adaptação de Marcos Aguiar.

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