INVEJA MALDITA



Havia um monge que viajava de aldeia em aldeia, ensinando e fazendo o bem.
Numa de suas andanças, chegou, à noite, a uma região montanhosa. Fazia muito frio, então ele entrou numa caverna, atraído pelo clarão de uma fogueira, deparando-se com um mancebo que se aquecia ao fogo.
O moço, gentilmente, convidou o monge a se aproximar da fogueira e lhe ofereceu o próprio leito - uma espessa pele de urso. O monge agradeceu a gentileza e se deitou.
No dia seguinte, pronto pra seguir viagem, o monge desejou agradecer ao moço pela hospitalidade. Apontou o dedo para uma pequena pedra, que imediatamente se transformou numa pepita de ouro.
- Meu jovem, aceite este presente; é meu agradecimento à sua bondade!
O rapaz, entretanto, parecia triste.
O monge pensou um pouco e, apontando para um outeiro à frente, fez com que ele também se tornasse em ouro!
- Aí está, meu rapaz! Expresso minha gratidão a você com mais este montão de ouro.
Mas o jovem continuava calado e triste.
- Meu filho, afinal, o que você quer de mim?
O moço, finalmente, respondeu:
- Eu quero o seu dedo!
A inveja é um sentimento pernicioso e destruidor, que nos impede de evoluir.
Há aqueles que invejam o sucesso de alguém, mas não se dispõem a pagar o preço que ele pagou para alcançar o mesmo êxito.
Em lugar da inveja, que tenhamos o ímpeto de lutar para crescer, com a certeza de que cada indivíduo é único e inigualável, mas com o mesmo potencial.

Texto de Divaldo Pereira Franco - adaptação de Marcos Aguiar.

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