RECONHECIMENTO E GRATIDÃO

Durante a guerra da independência, os Estados Unidos tiveram a ajuda de um nobre francês, Lafayette, que logo se tornou amigo de George Washington. Ele tinha apenas 19 anos quando deixou seu país para lutar ao lado dos americanos. Ao chegar à América, teria dito que estava ali para aprender, não para ensinar. E, posteriormente, deu a seu filho o nome de Washington, em nome de sua amizade com George.

Décadas depois, em 1824, Lafayette visitou cada estado e território da União, recebendo muitas honrarias e homenagens em sucessivas recepções, bailes e jantares. Num desses eventos, havia, na fila de convidados para saudar o nobre e idoso francês, um soldado vestido com um uniforme rasgado. Carregava um mosquete e, ao ombro, um pedaço de cobertor. Chegando sua vez, frente a Lafayette, o veterano bateu continência e perguntou: 

- Sabe quem eu sou?

- Na verdade não posso dizer que sim - respondeu Lafayette com franqueza.

- Pois vou lhe avivar a memória, general. Numa noite gélida, enquanto fazia a ronda, o senhor encontrou um sentinela mal agasalhado e sem meias, quase congelando. O senhor lhe tomou das mãos a arma e ordenou: "Vá à minha cabana. Lá encontrarás um cobertor, meias e fogo. Depois de te aqueceres, traga o cobertor para mim. Enquanto isso, ficarei de guarda em teu lugar." O soldado obedeceu as ordens. Quando voltou para o posto, o senhor rasgou o cobertor em dois pedaços. Ficou com metade e deu a outra ao sentinela... general, aqui está uma das metades daquele cobertor: eu sou o sentinela cuja vida o senhor salvou!

A regra de ouro dos relacionamentos é bendizer aqueles que nos concederam apoio, assistência e auxílio, sem jamais desconsiderar essa benfeitoria.

Texto de Fanny E. Coe - adaptação de Marcos Aguiar.