MANEKI NEKO



Certa vez, num monastério budista, apareceu um gatinho machucado. Os monges cuidaram do pequenino, o alimentaram e curaram suas feridas. Em pouco tempo o gatinho se recuperou e foi crescendo.
Mas o apetite do animal parecia não ter fim: vivia assaltando os pratos dos monges, mesmo depois de ter se alimentado. Irritados com a atitude do gato, passaram a colocá-lo do lado de fora do monastério na hora das refeições.
Num desses dias, o gato estava do lado de fora, lambendo a patinha, aguardando que o deixassem entrar. Repentinamente começou a chover e um samurai que ia passando foi se abrigar embaixo de uma árvore que ficava diante do monastério.
Observando o gato lamber a patinha, por um momento o homem achou que o animal o chamava. Quando ele se aproximou do gato, um raio atingiu a árvore. O samurai compreendeu que fora salvo pelo gesto do gatinho.
Assim, em gratidão, o samurai se tornou benfeitor do monastério.
Quando, tempos mais tarde, o gato morreu (de velhice), o samurai mandou fazer uma estátua do animal que ficou conhecida como "Maneki Neko."

Conto japonês - adaptação de Marcos Aguiar. 

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