VOCÊ, HOMICIDA?




Seria capaz de cravar um punhal no coração de um ente querido?
Tal pergunta talvez tenha te causado grande choque. Parece que ouço você respondendo, indignado: "Eu jamais faria isso, muito menos a alguém que eu amo!"
Você pode estar certo e no entanto estar se enganando ao mesmo tempo. Pois, cada vez que ofende alguém a quem ama, você comete um crime contra ele.
Sempre que você fecha os ouvidos ao conselho de um ente amado; cada vez que some e deixa desesperada aquela pessoa querida; quando resolve fazer coisas erradas, magoando o coração de quem te quer bem; e sempre que retribui à bondade alheia com um gesto de ingratidão - você é, sim, um homicida, ainda que não carregue uma arma branca ou de fogo.
Se já apunhalou pessoas com a indiferença, desdém e palavras amargas, então você é homicida de fato.
Entenda que o desrespeito, a chantagem emocional, a manipulação psicológica e a infidelidade são protagonistas de incontáveis mortes lentas e doloridas. Sim, nossos afetos também morrem de desgosto, paulatinamente.
Fique, então, atento.
Esforce-se para fazer aos outros o que gostaria que eles lhe fizessem. Essa regra milenar para a felicidade permanece sempre atual e ela é capaz de curar o instinto assassino que existe dentro de nós. 

Texto de Raul Teixeira - adaptação de Marcos Aguiar.

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