O LEÃO ABOLICIONISTA




Frederick Augustus Washington Bailey, ou simplesmente Frederick Douglass (1818-1895), nasceu como escravo numa fazenda no sul dos EUA. Pouco soube a respeito de sua mãe e nunca soube quem foi seu pai.
Começou a trabalhar na lavoura aos seis anos. Aos oito, aprendeu a ler e escrever, descobrindo, pela primeira vez, a palavra "abolição" e seu significado.
Desde que se conheceu por gente, Douglass jamais aceitou viver na condição de escravo. Várias vezes tentou fugir, em todas sendo recapturado e reconduzido à servidão, depois de severas punições.
Aos vinte anos, finalmente, teve êxito na fuga, conseguindo chegar a um refúgio abolicionista, em Nova York. Casou e teve cinco filhos.
Tornou-se posteriormente um ardoroso abolicionista, escritor e estadista, ficando conhecido como "o leão de Anacostia". Foi um dos mais eminentes afro-americanos de sua época e um dos mais influentes da história dos EUA, sobretudo durante a Guerra da Secessão e a subsequente abolição da escravatura nesse país.
Foi aos vinte e três anos que Douglass proferiu seu primeiro discurso para uma plateia de abolicionistas brancos - num grande esforço para não gaguejar.
Seus discursos proclamavam os ideais do direito à liberdade e à igualdade dos negros, imigrantes e mulheres. Essa causa foi o marco de sua vida, com a qual lutou fervorosamente em prol da dignidade e igualdade para todos.
Faleceu em 1895, o bastante para testemunhar a promulgação da Décima Quarta Emenda à Constituição Americana, que garantiu a igualdade, perante a lei, para todas as pessoas da referida nação. 
O "leão", assim, venceu a árdua disputa por nobres ideais.

Autoria anônima - adaptação de Marcos Aguiar. 

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