SEM COMPETIÇÃO




Mary, professora recém-formada, aceitou a incumbência de lecionar em uma reserva de índios navajos.
Todos os dias ela pedia a cinco dos jovens alunos que fossem até o quadro e resolvessem um problema matemático. Eles, no entanto, permaneciam em silêncio e não cumpriam a tarefa. 
Mary ficava sem entender. Nada do que havia estudado em seu currículo pedagógico a ajudava a lidar com a situação.
"O que estou fazendo de errado?", pensava ela. "Será possível que todos os alunos que escolho não sabem resolver o problema?"
Finalmente, ela perguntou a eles o que havia de errado. A resposta deles a surpreendeu.
Eles explicaram que queriam se respeitar uns aos outros. Como sabiam que uns eram mais capazes e outros tinham dificuldade em resolver os problemas, não queriam expor isso. Apesar de muito jovens, entendiam como era inútil e desrespeitosa a competição do tipo "perde-ganha" na sala de aula. Concluíram que ninguém sairia ganhando se algum deles se exibisse ou ficasse encabulado diante de toda a turma. Dessa maneira, recusavam-se a competir uns com os outros em público.
A partir de então, Mary mudou a didática, passando a corrigir, individualmente, os problemas de matemática de cada aluno, dedicando-se mais aos que tinham maiores dificuldades.
O importante na grande maratona da vida não é chegar em primeiro lugar a qualquer preço, mas completar com honra o percurso e nunca a sós.
A mais bela e brilhante medalha que se pode ostentar é a do amor fraterno, que significa se importar com o próximo em todas as circunstâncias.

Texto de Jack Canfield - adaptação de Marcos Aguiar. 

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