A SEGUNDA CHANCE





Durante 29 anos, um executivo viveu praticamente apenas para o trabalho. Suas jornadas eram de 15 a 16 horas diárias e nada de férias.
Então, veio um dia e uma noite de febre. O diagnóstico revelou nada mais que sintomas de gripe, mas a febre persistiu. Exames mais acurados apontaram a possibilidade de uma grave doença no pulmão.
O executivo descreveu sua surpresa assim:
- É impressionante como a vida da gente pode mudar de sentido com uma simples radiografia. Um profissional de sucesso, acostumado a liderar grandes equipes, estava agora à mercê de médicos e exames clínicos!
Posteriormente veio uma forte crise renal e, em minutos, ele viu sua vida inteira passar pela mente, como um filme.
De repente, sentiu medo de morrer. Queria continuar vivo para ver seu primogênito se formar em medicina e o mais novo ingressar na universidade. 
Felizmente, o problema no pulmão não era maligno, podendo ser tratado no ambulatório. No período em que aguardava o resultado da biópsia, ele aprendeu muito sobre as pessoas que trabalhavam no hospital e o carinho que elas tinham por ele.
Uma funcionária veio lhe dizer que a mãe dela estava orando por ele. Seu gerente contou a mesma coisa:
- Mesmo sem te conhecer, minha mãe reza por você, pois ela sabe como você foi bom para mim e me ajudou profissionalmente.
O executivo descobriu que sua fiel companheira de quase 30 anos era muito mais forte que ele supunha. Enquanto ele se abalou com a enfermidade, ela se manteve firme, incentivando-o a crer e esperar o melhor. 
Essa fase delicada levou o executivo a mudar sua visão de mundo. Passou a crer que a vida lhe dera um grande presente e uma nova oportunidade, ensinando-lhe a verdadeira importância de viver o dia-a-dia, de curtir a família e os amigos, de cuidar da saúde e de trabalhar com prazer.
Hoje, na condição de professor, ele se envolve com os alunos muito além da sala de aula. Aprendeu a apreciar coisas simples, como andar sob a chuva e brincar com seu cachorro.
Começou a valorizar, de fato, aqueles que o amavam.
Passou a dividir as tarefas com seus colaboradores, em vez de ser centralizador.
E concluiu, em seu depoimento: 
- Quero viver cada minuto como se fosse o último, já que dessa experiência ficou a impressão de que, na hora do adeus, só restarão os arrependimentos pelo que deixamos de fazer. E eu espero que essa mudança seja perene.
Não espere adoecer para descobrir que a saúde é preciosa, que a família é um tesouro e os amigos, joias raras. Comece desde agora a viver com intensidade, desfrutando de todas as oportunidades. 

Autoria anônima - adaptação de Marcos Aguiar. 

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