A GRANDE VENCEDORA




Desafiaram um homem para um combate - na verdade, um torneio, com uma série de adversários para enfrentá-lo, um de cada vez.
O Orgulho foi quem investiu primeiro. Conseguiu golpear o homem diversas vezes, mas este, ao final, deu-lhe uma rasteira que o deixou desacordado.
A Tristeza, em seguida, tentou segurá-lo num abraço mortal; mas o homem lhe deu uma formidável cotovelada no rosto. A Tristeza teve de ser carregada, pois não se aguentava em pé.
Um terceiro oponente se apresentou, mas o homem, vendo-o, sorriu. Era uma anciã.
"É só uma pobre coitada! Não vou ter trabalho com ela!", pensou com sarcasmo. 
Mas a velha, subitamente, deu uma bofetada tão forte no homem que o arremessou para o outro lado da arena. 
Quando foram acudir o homem, viram que ele estava morto.
A vencedora chamava-se Velhice.
Somos páreos para muitos inimigos, visíveis e invisíveis, mas nunca para a velhice. Todos se rendem a essa adversária; contra ela não há recurso, nem investida, nem revanche. O ocaso da vida nos vencerá de qualquer jeito, não importa o que façamos.
Assim, aceite a velhice com serenidade - mas ao mesmo tempo sem perder a alegria de viver!

Texto de Marcos Aguiar.

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