RENÚNCIA DE MÃE





Um homem, certa feita, numa roda de amigos, relembrou algo da própria infância:
"Éramos treze irmãos. Quando garoto, me inquietava o fato de minha mãe raramente almoçar ou jantar conosco. Um dia tomei coragem e perguntei a ela sobre isso.
- É que não sinto fome, meu filho - foi a resposta dela, acrescida de um sorriso terno.
Eu achava estranho minha mãe quase nunca ter fome e sempre que eu a indagava, ela me respondia a mesma coisa.
Os anos se passaram e todos crescemos. Hoje sei que minha mãezinha deixava de comer, não por falta de fome, mas por falta de comida.
Ela, uma mulher semi-analfabeta, cuidava de nós com tanto amor e nenhum de nós percebia, naquele tempo, que ela renunciava à comida para que pudéssemos nos alimentar, mesmo precariamente. Jamais permitiu que nos sentíssemos culpados pelas necessidades que nossa família enfrentava."
Não é preciso dizer que todos os presentes choraram.
Esse é o verdadeiro amor. O amor que sabe renunciar até mesmo às necessidades básicas, para que os filhos cresçam seguros e sem culpa.

Autoria desconhecida - adaptação de Marcos Aguiar. 

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