AMANTE DAS GAIVOTAS





Um homem muito rico tinha seu palácio à beira mar. Todos os dias, na varanda, ele ficava por horas observando as gaivotas que sobrevoavam a praia em formações circulares. Ele amava as gaivotas e sentia paz e deleite em admirá-las no céu.
Certa manhã, ao chegar à varanda, avistou uma gaivota caída na areia, perto da margem. Foi até lá e verificou que a ave estava machucada.
Pegou-a com cuidado e a levou para casa, pondo-a sobre sua cama. Em seguida mandou chamar seu médico particular para que cuidasse dela.
Felizmente o machucado da gaivota não era muito grave e em pouco tempo ela começou a melhorar.
O rico, muito feliz, quis ficar com o pássaro: colocou-o numa enorme gaiola e mandou preparar-lhe carne assada, frutas exóticas e queijos finos.
Contudo, poucos dias após esse tratamento de luxo, a gaivota morreu.
A afeição que ele sentia pela ave não o deixou perceber que o que era bom para ele, não era bom para ela. Ele a alimentou com coisas que só lhe fizeram mal e ainda a privou de seu maior bem, a liberdade.
Cuidado para não confundir amor com egoísmo. Quem ama de verdade vê a realidade do outro, entende e respeita as suas diferenças.

Conto chinês - adaptação de Marcos Aguiar. 

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