UMA COR MAIS BRILHANTE





A atriz Jennifer Love Hewitt (1979-) foi convidada para uma festa beneficente, organizada por uma instituição que ajuda crianças portadoras do vírus da AIDS. No local havia muitas barraquinhas, mas as crianças estavam aglomeradas ao redor de uma em especial.
Jennifer verificou que todas as crianças recebiam pequenos recortes de tecidos que deveriam ser pintados, para depois serem costurados, formando uma colcha. O objetivo era presentear um dos diretores da instituição que estava se aposentando.
Pincéis e potes com as cores mais variadas foram distribuídos entre os pequenos, que pintaram corações cor-de-rosa, nuvens azuis, flores verdes e roxas e sóis alaranjados. Todos os desenhos eram positivos e animadores, exceto um. Seu autor, um menino franzino. Ele pintou um coração escuro e vazio.
No primeiro momento, Jennifer supôs que ele usara cor escura porque talvez tivesse sido a única tinta que sobrara. Mas, quando ela perguntou o porquê, o garoto respondeu:
- Pintei o coração desta cor porque meu próprio coração está escuro também. Minha mãe e eu estamos muito doentes e nunca iremos melhorar. Ninguém pode fazer nada pra nos ajudar.
Jennifer sentou-se ao lado dele.
- Sinto muito, querido. Compreendo como está se sentindo. Mas não é verdade que ninguém pode fazer nada por vocês. Sabia que um abraço bem apertado pode ajudar quando se está triste? Se quiser, eu posso lhe dar um abraço.
O menino pulou nos braços da atriz, dando e recebendo um estreito e longo abraço. Após ficar sentado no colo dela por um bom tempo, desceu para terminar o desenho.
Comentou que se sentia melhor, mas continuava doente e ninguém iria mudar aquilo. E concluiu sua pintura sombria.
Mais tarde, no final do dia, Jennifer se aprontava para retornar para casa quando alguém lhe puxou pelo casaco. Era o menininho, desta vez sorridente.
- Sabe, moça, eu vim lhe dizer que meu coração está mudando de cor. Está ficando mais brilhante. Acho que aquele abraço apertado funciona mesmo.
Jennifer, comovida, se ajoelhou para trocar um novo e demorado abraço com o amiguinho. 
E, no caminho para casa, ela sentiu seu próprio coração, também, se convertendo num tom mais brilhante.
O amor possui imensa capacidade transformadora. Um sorriso, um abraço, um momento de atenção, onde quer que aconteçam, transformam a dor em esperança e a solidão em conforto.

Texto de Jack Canfield - adaptação de Marcos Aguiar. 

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