SUPER SERENIDADE





Uma dona de casa passava por muitos problemas. Não dormia e sentia profundo esgotamento, tornando-se frequentemente irritada, rabugenta e azeda, além de enferma. Até que um dia, de repente, ela mudou. A situação estava igual, mas ela estava diferente.
Certo dia, seu marido lhe disse:
- Amor, estou há três meses à procura de emprego e não encontrei nada; vou extravasar um pouco ali no boteco com uns amigos.
- Tudo bem, amor; vá.
Um dos filhos falou:
- Mãe, estou mal em quase todas as matérias da faculdade...
- Não se apoquente, querido, você vai se recuperar; e se não conseguir, repete o semestre. O importante é insistir. 
A filha chegou outro dia, contando:
- Mãe do céu! Bati o carro!
- Mas você está intacta, minha filha, isso é o que importa; leve o carro na oficina e, enquanto não o consertam, pegue o ônibus ou o metrô. 
A nora ligou:
- Sogrinha, vou passar uns quinze dias aí, tudo bem?
- Sem problemas! Vou ajeitar a poltrona pra você e arrumar uns bons cobertores.
Com o tempo, todos da família ficaram preocupados com tal mudança. Suspeitavam que ela tivesse pegado com o médico alguma medicação forte que lhe alterara o humor.
Quando comentaram isso com ela, ouviram esta resposta:
- Demorei muito pra perceber que cada um é responsável pela própria vida. Levei anos pra entender que minha angústia, depressão e estresse não resolviam os problemas de vocês, mas exacerbavam os meus. Assim, antes que me acontecesse o pior, passei a compreender que não sou responsável pelos atos dos outros e sim pelas minhas reações diante de tais atos. Concluí que o meu dever para comigo mesma é manter a calma e deixar que cada um viva sua vida e resolva o que lhe for possível!

Autoria desconhecida - adaptação de Marcos Aguiar. 

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