O FÊMUR QUEBRADO





Certa vez, numa palestra, um espectador perguntou a Margaret Mead (1901-1978) o que ela considerava ser o primeiro sinal de civilização em uma cultura. 
Por certo, o sujeito esperava que a antropóloga falasse a respeito de anzóis, panelas de barro ou pedras de amolar. Mas não.
Ela disse que o primeiro sinal de civilização numa cultura antiga era a evidência de alguém com um fêmur quebrado e cicatrizado. E explicou:
- No reino animal, se você quebrar a perna, morre. Você não pode correr do perigo, ir até o rio para beber água ou caçar comida. Você é carne fresca para os predadores. Nenhum animal sobrevive a uma perna quebrada por tempo suficiente para o osso sarar. Um fêmur quebrado que cicatrizou é evidência de que alguém empregou tempo para cuidar daquele que se acidentou até sua recuperação. Portanto, ajudar alguém durante a dificuldade é onde a civilização começa!
Nossa condição como seres humanos nos chama à responsabilidade de sermos solidários uns com os outros; à medida em que deixamos de sê-lo, também deixamos de ser civilizados.

Autoria anônima - adaptação de Marcos Aguiar. 

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