CORRENTE DO MAL





Um magnata teve um acesso repentino de raiva e gritou com o diretor executivo de sua empresa. O diretor, ao chegar em casa, esbravejou com a esposa, acusando-a de gastar demais, pois a fatura do cartão havia estourado.
Chateada, a esposa acabou descontando na diarista que, assustada com o berro da patroa, deixou cair um prato, quebrando-o. Ao recolher os cacos, veio o cachorro da casa para lamber a comida no chão, mas a empregada, cheia de ira, chutou-o para longe.
O cachorrinho, frustrado, saiu correndo e ganhou a rua, mordendo uma senhora que ia passando. Esta, desconcentrada, tendo que mudar o rumo e ir à farmácia para tomar vacina e fazer um curativo, falou toda alterada com o farmacêutico, porque a área mordida doía muito.
O farmacêutico, de volta para casa, falou todo estressado com a mãe porque o jantar não estava do agrado dele. Ela, a meiguice em pessoa, aproximou-se do filho, afagou-lhe os cabelos e o beijou na testa, dizendo:
- Desculpe, meu querido. Prometo-lhe que amanhã farei seu prato favorito. Você trabalha muito, precisa descansar. Vá tomar seu banho enquanto troco os lençóis da sua cama. Com certeza você estará melhor amanhã.
Aquilo desarmou o rapaz, que, envergonhado, abraçou a mãe, pedindo-lhe perdão.
Nesse momento foi quebrada uma corrente do mal.
Todos os dias, correntes assim são forjadas por pessoas inconsequentes, mas você não precisa fazer o mesmo. Você pode quebrar a corrente. A escolha é sua.

Autoria desconhecida - adaptação de Marcos Aguiar.

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