DESABAFO DE UM ASTRO




"Eu tinha dezesseis anos quando a conheci, numa festa. Fomos apresentados um ao outro por um cara que se dizia meu amigo.
Foi, inesperadamente, amor à primeira vista. Ela simplesmente me enlouquecia. Nosso amor chegou a um ponto em que eu já não conseguia viver sem ela.
No entanto era um amor proibido; meus pais não aceitavam.
Por causa de nossa relação, fui censurado até na escola, por isso passamos a nos encontrar às escondidas. 
Só que aí não deu mais; fiquei louco. Eu, por vezes, a queria, mas não a tinha. Não podia permitir que me afastassem dela.
Por amor a ela bati o carro, quebrei tudo dentro de casa e quase matei a minha irmã. Fiquei loucamente desesperado por esse amor.
Hoje tenho 39 anos; estou internado em um hospital, inútil e prestes a morrer, abandonado por meus pais, amigos e também por ela.
Seu nome? Cocaína.
Devo a ela meu amor, minha vida, minha destruição e minha morte."

Embora seja provavelmente de autoria anônima, o texto é comumente atribuído a Freddie Mercury (1946-1991), já que sua vida também foi marcada pelo consumo de drogas - uma advertência para todos. Adaptação de Marcos Aguiar. 

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