BENDITO EMPURRÃO




Chegou, afinal, o "dia D". A águia conduziu gentilmente o seu filhote até à beirada do ninho.
Seu coração de mãe acelerou movido por emoções conflitantes, ao mesmo tempo em que sentiu a resistência do filho a seus insistentes cutucões.
"Por que o medo de cair acompanha a emoção do primeiro voo?", pensou ela.
Acima do ninho havia apenas o imensurável firmamento. Abaixo, um enorme rochedo sobre um penhasco.
Apesar de seus receios, a mãe águia sabia que era chegada a hora final de sua missão; restava somente o derradeiro empurrão. 
Ela então encheu-se de coragem pois sabia que, enquanto seu filho não descobrisse a força das próprias asas, a vida dele permaneceria sem propósito e ele não compreenderia o privilégio de ser águia. O empurrão, portanto, era o melhor presente que ela podia lhe oferecer; seu supremo ato de amor.
Assim ela finalmente o precipitou para o abismo.
E ele voou!
O "ninho" tem a sua utilidade, mas você não pode permanecer nele. Teu destino é conquistar as alturas.
Quando isso não acontece, as circunstâncias vêm e te "empurram". Contudo precisa entender que é por meio dos "empurrões" que você irá "bater asas" e "voar"!

Texto de Renato Antunes Oliveira - adaptação de Marcos Aguiar. 

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