RIQUEZA DESPERDIÇADA




Vivia na China um pescador muito pobre. Todo santo dia, bem antes do sol raiar, ele se levantava e seguia para o rio. A natureza apresentava um grandioso espetáculo com o frescor da brisa e o ruído mavioso dos pássaros, mas nada disso animava o pescador, que caminhava com lentidão e má vontade. Tomara sua refeição sem apreciar o singelo alimento e resmungava sobre tudo.
Naquela manhã, igual a tantas outras, ele pegou sua rede e apetrechos de pesca e entrou no barco. Ao sentar-se, sentiu alguma coisa no chão. Apalpando com a mão direita, encontrou uma sacolinha com pedras miúdas.
Ainda estava escuro. Sem ânimo pra iniciar a pesca, começou a jogar as pedrinhas no rio, apenas por distração, aguardando a aurora.
Quando, afinal, o sol surgiu, o pescador estava com a última pedrinha em sua mão. No momento em que a lançou na água, percebeu com horror tratar-se de um diamante!
A sacolinha estava agora completamente vazia. Dando-se conta de que desperdiçara uma imensa riqueza, o infeliz se pôs a gritar e esbravejar em total amargura.
Considere-se afortunado, pois muitos ao redor do mundo não puderam ver a luz deste dia, mas você sim.
Se nunca passou por uma situação extremamente crítica como a cadeia ou a guerra e se tem comida, roupa e um teto sobre a cabeça, você está à frente de incontáveis milhões.
Talvez ainda não se dê conta da sua riqueza, mas você tem razões sobejas para agradecer! Portanto não desperdice as oportunidades de ser grato!

Texto de Maria Anita Rosas Batista - adaptação de Marcos Aguiar. 

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