O "EMPURRÃOZINHO"




Uma mulher, querendo encorajar seu jovem filho a tocar piano, o levou a um concerto do famoso Jan Paderewski (1860-1941).
Quando já estavam sentados, a mãe avistou uma amiga em outra parte da plateia e foi até lá para cumprimentá-la. 
Aproveitando a "oportunidade", o garoto saiu discretamente a fim de explorar os recantos do teatro. Seus passos curiosos o levaram a uma porta onde estava escrito: "proibida a entrada". Mas o menino não sabia ler; então entrou.
O concerto estava prestes a começar e a mãe retornou ao seu lugar. Só aí descobriu que o filho não estava lá. Nisso as cortinas se abriram e luzes se concentraram sobre um enorme piano, bem no centro do palco. Foi quando a mulher tomou um choque: seu filho estava sentado ao teclado, inocentemente acertando as notas de uma canção infantil.
Naquele momento, o grande Paderewski entrou. Foi até o piano e sussurrou ao ouvido do menino: "Não pare, continue tocando". Daí, debruçando-se sobre o pequeno pianista, Paderewski estendeu a mão esquerda e começou a preencher as notas baixas; em seguida colocou a mão direita ao redor do menino e acrescentou um belo acompanhamento para a melodia.
Juntos, mestre e discípulo, transformaram uma situação embaraçosa numa experiência impressionantemente criativa.
O público estava positivamente perplexo e a voz da pobre mãe havia sumido da garganta. Mas o veterano pianista, com grande habilidade, tirou a situação "de letra".
Não se aplica somente a filhos, mas a qualquer outra pessoa que busca crescer e evoluir: nunca será demais um "empurrãozinho" - um palavra de incentivo, apoio, elogio, uma injeção de ânimo, até mesmo um simples tapinha nas costas.
Pode até não parecer grande coisa pra você, mas para a outra pessoa sim!

Autoria desconhecida - adaptação de Marcos Aguiar. 

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