"UMA BONECA PARA ELA!"
Foi na África central. No abrigo improvisado das missionárias, uma mulher entrou em trabalho de parto.
Apesar de todos os esforços da equipe, ela não resistiu e morreu, assim que deu à luz um bebê prematuro. Sua filhinha de dois anos começou a chorar, completamente desconsolada.
Não havia energia elétrica no local, então tornou-se complicado manter o bebê vivo sem uma incubadora. Colocaram-no em uma caixa e o envolveram em panos de algodão.
Naquela noite, o frio era intenso. Alimentaram o fogo para ferver água, para a bolsa de água quente. Entretanto, logo descobriram que a única bolsa disponível estava rompida.
- Que fazer agora? - indagaram-se as missionárias.
Providenciaram para que o bebê ficasse em segurança tão próximo quanto possível do fogo. A fim de protegê-lo das lufadas de vento frio, elas dormiram entre a porta e o bebê.
No dia seguinte uma das missionárias reuniu os poucos moradores da aldeia.
- Estamos com dificuldade de manter aquecido o recém-nascido, sem a bolsa de água quente. Sendo prematuro, há o risco de ele morrer de frio. E ainda temos a irmãzinha dele que não para de chorar a ausência da mãe.
Então uma menina de 10 anos ergueu a voz, chorando:
- Meu Deus! Amanhã talvez seja tarde, porque o bebê pode não aguentar. Precisamos da bolsa ainda hoje! A irmãzinha dele também precisa de uma boneca pra não se sentir tão só!
A missionária ficou sem reação. Seria preciso um milagre pra que aquilo acontecesse, considerando onde se situavam - uma aldeia isolada numa região remota e esquecida. Praticamente nunca haviam recebido uma encomenda postal. E mesmo que alguém tivesse a ideia de mandar-lhes algo, quem pensaria em incluir no pacote uma bolsa de água quente?
Estava a missionária ainda pensando nisso quando chegou um carro, estacionou em frente ao barracão e deixou um caixote de madeira.
Todos se aglomeraram ao redor do inesperado "presente". Com olhos arregalados, as crianças acompanharam a abertura da caixa.
Havia roupas coloridas, ataduras, caixinhas de passas de uva e farinha. E, lá no fundo, uma bolsa de água quente, em perfeito estado!
Rute, a garota de 10 anos, novamente "fez cena":
- Se veio a bolsa, veio também a boneca, posso apostar!
E, realmente, lá estava a boneca, num canto da caixa - envolta num plástico e lindamente vestida.
O pacote fora enviado 5 meses antes por iniciativa de uma ex-professora da missionária, que resolveu incluir uma bolsa de água quente, mesmo sem saber por quê. Uma de suas auxiliares, no último momento, decidiu mandar também uma boneca.
O Universo é repleto de providências, não de coincidências!
Texto de Oscar Lehenbauer - adaptação de Marcos Aguiar.
Apesar de todos os esforços da equipe, ela não resistiu e morreu, assim que deu à luz um bebê prematuro. Sua filhinha de dois anos começou a chorar, completamente desconsolada.
Não havia energia elétrica no local, então tornou-se complicado manter o bebê vivo sem uma incubadora. Colocaram-no em uma caixa e o envolveram em panos de algodão.
Naquela noite, o frio era intenso. Alimentaram o fogo para ferver água, para a bolsa de água quente. Entretanto, logo descobriram que a única bolsa disponível estava rompida.
- Que fazer agora? - indagaram-se as missionárias.
Providenciaram para que o bebê ficasse em segurança tão próximo quanto possível do fogo. A fim de protegê-lo das lufadas de vento frio, elas dormiram entre a porta e o bebê.
No dia seguinte uma das missionárias reuniu os poucos moradores da aldeia.
- Estamos com dificuldade de manter aquecido o recém-nascido, sem a bolsa de água quente. Sendo prematuro, há o risco de ele morrer de frio. E ainda temos a irmãzinha dele que não para de chorar a ausência da mãe.
Então uma menina de 10 anos ergueu a voz, chorando:
- Meu Deus! Amanhã talvez seja tarde, porque o bebê pode não aguentar. Precisamos da bolsa ainda hoje! A irmãzinha dele também precisa de uma boneca pra não se sentir tão só!
A missionária ficou sem reação. Seria preciso um milagre pra que aquilo acontecesse, considerando onde se situavam - uma aldeia isolada numa região remota e esquecida. Praticamente nunca haviam recebido uma encomenda postal. E mesmo que alguém tivesse a ideia de mandar-lhes algo, quem pensaria em incluir no pacote uma bolsa de água quente?
Estava a missionária ainda pensando nisso quando chegou um carro, estacionou em frente ao barracão e deixou um caixote de madeira.
Todos se aglomeraram ao redor do inesperado "presente". Com olhos arregalados, as crianças acompanharam a abertura da caixa.
Havia roupas coloridas, ataduras, caixinhas de passas de uva e farinha. E, lá no fundo, uma bolsa de água quente, em perfeito estado!
Rute, a garota de 10 anos, novamente "fez cena":
- Se veio a bolsa, veio também a boneca, posso apostar!
E, realmente, lá estava a boneca, num canto da caixa - envolta num plástico e lindamente vestida.
O pacote fora enviado 5 meses antes por iniciativa de uma ex-professora da missionária, que resolveu incluir uma bolsa de água quente, mesmo sem saber por quê. Uma de suas auxiliares, no último momento, decidiu mandar também uma boneca.
O Universo é repleto de providências, não de coincidências!
Texto de Oscar Lehenbauer - adaptação de Marcos Aguiar.
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