NOVA OPORTUNIDADE
Uma idosa havia perdido a família inteira na guerra. Após vender sua enorme propriedade, passou a morar num pequeno cômodo com área externa.
Um dia ela soube que um jovem de 16 anos tentara o suicídio jogando-se no mar.
Era negro, pobre e órfão e fora salvo pela polícia contra sua vontade. Estava cheio de ódio e de revolta.
A velhinha foi à delegacia e pediu permissão para conversar com o adolescente.
- Olá, menino - disse ela.
O rapaz voltou-lhe a face mas permaneceu inerte e indiferente.
- Menino - tornou a dizer a velhinha - então você não sabe que veio ao mundo para algo maravilhoso que só você pode fazer?
Depois de repetir isso várias vezes, Jorge (era esse o nome do rapaz) voltou-se subitamente para a idosa e perguntou com ironia:
- Eu? Um negro? Um garoto que não tem pai e mãe?
- Justamente por ser negro e órfão é que pode fazer algo maravilhoso!
- E a senhora quer que eu acredite nisso?
- Venha comigo e eu lhe mostro.
O delegado permitiu que a idosa levasse o garoto, pois, sendo órfão, não tinha para onde ir.
Levando-o para sua pequena habitação, pediu-lhe que cuidasse do jardim - uma atividade bem simples. O moço aceitou a tarefa e, pouco a pouco, a revolta começou a ceder.
A velhinha lhe deu umas sementes e lhe ensinou a semear. Em pouco tempo as plantinhas brotaram e, mais tarde, surgiram belos rabanetes. Com eles a velhinha fez conservas deliciosas que ela e seu jovem amigo aproveitaram bem.
Um dia, com um pedaço de bambu, Jorge fez uma flauta. Aprendendo a tocar, passou a encher o humilde ambiente com música e alegria, todos os dias.
Posteriormente sua "avó adotiva" o matriculou no colégio. Jorge estudava mas continuava a cultivar vegetais e também passou a confeccionar artigos de couro. Com o tempo, Jorge se formou e foi trabalhar numa escola para cegos, onde se tornou um professor muito querido e respeitado.
Jorge agora estava convicto de que estava vivo para um maravilhoso propósito. E foi o que ele comentou com sua amada e idosa benfeitora.
- Sim, meu filho, todos temos uma razão para viver. Todos temos uma tarefa muito especial que só nós podemos executar.
Isso não vale apenas para o Jorge e a velhinha - vale também para VOCÊ!
Autoria desconhecida - adaptação de Marcos Aguiar.
Um dia ela soube que um jovem de 16 anos tentara o suicídio jogando-se no mar.
Era negro, pobre e órfão e fora salvo pela polícia contra sua vontade. Estava cheio de ódio e de revolta.
A velhinha foi à delegacia e pediu permissão para conversar com o adolescente.
- Olá, menino - disse ela.
O rapaz voltou-lhe a face mas permaneceu inerte e indiferente.
- Menino - tornou a dizer a velhinha - então você não sabe que veio ao mundo para algo maravilhoso que só você pode fazer?
Depois de repetir isso várias vezes, Jorge (era esse o nome do rapaz) voltou-se subitamente para a idosa e perguntou com ironia:
- Eu? Um negro? Um garoto que não tem pai e mãe?
- Justamente por ser negro e órfão é que pode fazer algo maravilhoso!
- E a senhora quer que eu acredite nisso?
- Venha comigo e eu lhe mostro.
O delegado permitiu que a idosa levasse o garoto, pois, sendo órfão, não tinha para onde ir.
Levando-o para sua pequena habitação, pediu-lhe que cuidasse do jardim - uma atividade bem simples. O moço aceitou a tarefa e, pouco a pouco, a revolta começou a ceder.
A velhinha lhe deu umas sementes e lhe ensinou a semear. Em pouco tempo as plantinhas brotaram e, mais tarde, surgiram belos rabanetes. Com eles a velhinha fez conservas deliciosas que ela e seu jovem amigo aproveitaram bem.
Um dia, com um pedaço de bambu, Jorge fez uma flauta. Aprendendo a tocar, passou a encher o humilde ambiente com música e alegria, todos os dias.
Posteriormente sua "avó adotiva" o matriculou no colégio. Jorge estudava mas continuava a cultivar vegetais e também passou a confeccionar artigos de couro. Com o tempo, Jorge se formou e foi trabalhar numa escola para cegos, onde se tornou um professor muito querido e respeitado.
Jorge agora estava convicto de que estava vivo para um maravilhoso propósito. E foi o que ele comentou com sua amada e idosa benfeitora.
- Sim, meu filho, todos temos uma razão para viver. Todos temos uma tarefa muito especial que só nós podemos executar.
Isso não vale apenas para o Jorge e a velhinha - vale também para VOCÊ!
Autoria desconhecida - adaptação de Marcos Aguiar.
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