MARIA-VAI-COM-AS-OUTRAS

 





Um homem do interior vivia na beira da estrada vendendo cachorro-quente.
Não possuía rádio e não lia jornais, mas seu cachorro-quente era de primeira.
Como ainda não tinha muitos clientes, resolveu afixar um cartaz em seu ponto, pra que seu negócio ficasse mais na vista.
A estratégia deu certo. Mais pessoas passaram a consumir o delicioso produto. Foi preciso aumentar a demanda de pão e salsicha, até ao ponto de inaugurar uma lanchonete, num imóvel alugado.
Com o progresso de seu empreendimento, o homem convidou o filho para ajudá-lo. O rapaz morava na capital e estudava na Universidade.
Ao chegar, o filho disse:
- Pai, o senhor não ouve rádio? Não tem lido jornais? Não sabe que há uma crise no país e que a situação internacional é muito perigosa e tudo pode piorar? Não tem como seu negócio durar num tempo como este!
O pai pensou: "Meu filho estudou na Universidade, ouve rádio e lê jornais. Ele deve saber o que está dizendo."
O homem então cancelou pedidos e retirou o cartaz de frente da lanchonete. As vendas caíram do dia para a noite e ele não pôde honrar o aluguel, voltando às esparsas vendas na beira da estrada.
- Realmente, meu filho. A crise está muito séria.
Como aquele filho, há muita gente tentando jogar um balde de água fria em teus projetos. Mas você só fracassará se quiser. Você não tem obrigação de dar ouvidos a esses pessimistas.
Os sonhos são teus, não deles.

Autoria desconhecida - adaptação de Marcos Aguiar.

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