UM VERDADEIRO SUPER-HERÓI

 




Alguns anos atrás, um célebre ator, no auge de sua carreira, afirmou que considerava heróis aqueles que se destacavam em grandes feitos, como artistas e atletas.
Tempos depois, esse mesmo astro sofreu um sério acidente que o deixou em total dependência, a ponto de necessitar de aparelhos até para respirar.
Amante dos esportes, ressentia-se da condição a que ficou reduzido. Enxergava sua tragédia como uma tremenda infelicidade. 
A princípio, diante da perspectiva da imobilidade permanente, ele desejou morrer. Contudo, uma frase dita por sua esposa o motivou a mudar de ideia.
- Você é você em qualquer circunstância, e eu o amo - foi o que ela disse.
A partir daí ele começou a lutar pela recuperação. Preso a uma cadeira de rodas, quase imóvel, conseguiu fazer o mais importante, além de dirigir um filme e escrever um livro: modificou sua postura diante da vida.
Firme na vontade de vencer apesar de tudo, passou a observar a luta de tantos que, como ele, enfrentam com coragem e determinação os exercícios exaustivos da fisioterapia, no intuito de alcançar um mínimo de resultados. 
Assim, ele passou a considerar como verdadeiros heróis esses anônimos que, privados de seus movimentos, batalham bravamente pela vida. 
E foi assim que o eterno super-homem Christopher Reeve (1952-2004) descobriu, por meio da própria experiência, o que é ser um super-herói de verdade.

Texto de Divaldo Pereira Franco - adaptação de Marcos Aguiar. 


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