UM VERDADEIRO LAR

 




O mundo de uma mulher desabou com a morte do marido. Herdou muitas contas atrasadas, incluindo prestações da casa. Seu emprego de meio expediente não era o bastante para honrar as dívidas. 
Assim, sem nenhum amparo financeiro, ela acabou perdendo a casa.
Para não ficar ao relento com seu filhinho de cinco anos, ela conseguiu alugar, com muito sacrifício, um trailer estacionado num terreno, no centro da cidade.
Era um pouco melhor que morar num carro, mas foi tudo o que aquela mãe conseguiu proporcionar para sua criança. 
Certa noite, após ler algumas estórias, ela mandou o filho ir brincar um pouco lá fora. Enquanto ele se entretinha, a coitada sofria sobre uma pilha de cheques e faturas.
De repente ela ouviu vozes e foi espiar à janela. Era o dono do terreno conversando com o filho dela:
- Ei, garoto, você não gostaria de ter um lar de verdade?
A mãe, tensa, chegou ainda mais perto da janela para ouvir a resposta do filho. E foi isto que ela, emocionada, ouviu:
- Mas nós já temos um lar de verdade, senhor! Só não temos, por enquanto, uma casa para colocá-lo!
Em sua doce e tocante inocência, aquele garotinho já entendia o que é um verdadeiro lar.
Um lar de verdade independe de uma suntuosa construção, um palacete ricamente mobiliado ou uma casa luxuosamente decorada. O essencial de um lar autêntico é o calor do afeto entre seus moradores. A moradia pode até ser bonita e ampla, mas se não houver ali os laços do amor, nunca será um verdadeiro lar.
Que teu lar seja de fato um santuário onde se possa aspirar o aroma da felicidade e o incenso agradável da paz!

Autoria desconhecida - adaptação de Marcos Aguiar. 


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