QUANDO A INCERTEZA TOMA CONTA...

 




Após muitos anos de preparação, um audacioso alpinista resolveu escalar o Aconcágua, o pico mais alto da América do Sul. 
Decidiu tentar isso absolutamente sozinho, pois queria a glória apenas para si. Assim iniciou o grande desafio, ao pé da cordilheira dos Andes.
O que ele não esperava era que a neblina lhe dificultasse a marcha, mas de qualquer forma era inevitável. 
Como ele planejara não acampar, foi subindo com ímpeto e foco no objetivo. Contudo foi ficando cada vez mais tarde, até que escureceu completamente. Aquela noite estava um breu total, lua e estrelas escondidos pelas nuvens. Ainda assim, o corajoso alpinista galgava mais e mais as alturas.
Em dado momento, acabou pisando em falso; escorregou e caiu. Tudo ao seu redor foi desaparecendo em velocidade vertiginosa e ele sentia a terrível sensação de ser sugado pela força da gravidade. 
Então sentiu um puxão forte que quase o partiu ao meio.
Como todo alpinista profissional, ele cravara estacas de segurança com grampos e amarrara uma corda comprida à cintura. Então ficou ali, entre o céu e a terra, pendurado.
Naquele momento perturbador e silencioso, ele balbuciou:
- Oh, meu Deus, me ajude!
"Corte a corda que o mantém suspenso!", foi o que pareceu ouvir em sua mente.
Ficou atônito. Não aparentava ser uma medida sensata. Assim, ele preferiu agarrar-se à corda, obstinadamente. 
No dia seguinte, uma equipe de resgate localizou o alpinista, morto, congelado, com as mãos agarradas à corda que o mantivera pendurado a apenas dois metros do chão. 
Se tivesse avaliado melhor a situação e confiado em sua voz interior, poderia ter se salvado; mas preferiu a opção fatal da dúvida. 
E você? Qual a sua escolha? Seguir em frente apesar dos riscos ou se deixar paralisar pelo medo?

Autoria desconhecida - adaptação de Marcos Aguiar. 


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