MAL QUE VEM PRA O BEM

 




Liana Müller Borges, uma arquiteta paisagista, teve sua casa assaltada e os bandidos a fizeram refém. Obrigaram-na a dirigir, sob a mira de uma arma, até um esconderijo, situado numa favela. Durante três horas, ela foi mantida prisioneira num barraco. 
Havia uma janela descoberta e, por ela, Liana pôde observar algumas crianças que brincavam num rio sujo, nas proximidades.
Liana sempre se incomodara com a pobreza mas ali, confinada, é que ela realmente começou a refletir sobre isso. 
"Por que todas as crianças não podem crescer com dignidade, saúde e educação como meus filhos?", pensou.
Felizmente, a arquiteta acabou sendo resgatada e voltou para casa. Entretanto, alguns dias depois, ela retornou àquela comunidade. De porta em porta, entrevistou os moradores sobre o que eles mais necessitavam. Ela queria fazer alguma coisa significativa por eles.
Deu prioridade às mulheres, que se queixavam das dificuldades em trabalhar fora e não ter com quem deixar os filhos: começou a construir uma creche no local - inaugurada um ano depois, graças a doações e à mão de obra dos próprios moradores. 
Liana não desejava somente resolver o problema, delegando o trabalho a outros; ela queria fazer parte daquele projeto. Assim passou a trabalhar como voluntária, dando palestras às mães sobre higiene e saúde. Em parceria com empresas e a prefeitura, a associação criada pela arquiteta ampara crianças e oferece programas profissionalizantes, beneficiando milhares de pessoas. 
Um sequestro é logicamente sempre visto como algo ruim e um grande susto. Mas aquela mulher soube captar a mensagem por trás desse acontecimento desagradável, transformando o pesadelo num sonho nobre que se concretizou, ajudando e salvando muitas vidas.
Já parou pra pensar que cada pessoa é responsável pelo estado de felicidade ou desgraça de seu semelhante?
Talvez não consiga realizar uma grande obra como uma creche, mas pode começar atendendo aquele que está mais próximo a você!
Não permita que o sofrimento lhe impeça de se compadecer da humanidade. Reflita, e logo descobrirá como você tem tudo pra ser feliz e fazer os outros felizes!

Autoria desconhecida - adaptação de Marcos Aguiar. 


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