ALMAS BORBOLETAS

 




Quando tropas aliadas invadiram os campos de concentração na Alemanha e na Polônia, encontraram algo notável nos barracões designados para crianças. 
Havia, em muitas paredes desses barracões onde essas crianças viveram seus últimos momentos, desenhos de borboletas - rabiscados com arranhões de unha, pedras ou lascas de tijolos.
Aquelas crianças, em meio à miséria, fome e dor, apartados de seus pais e familiares, deixaram naquelas paredes uma explicação singela sobre a vida. Pois as borboletas que desenharam era aquilo que, intuitivamente, percebiam ser a morte: libertação de um casulo sinistro. 
Ao morrer, somos todos borboletas que finalmente se desprendem do casulo da vida terrena, destinadas a alçar maiores alturas.
Enquanto o casulo é relegado à desolação, a alma, essa borboleta, tem a oportunidade de explorar novos horizontes, numa nova fase de existência. 
Ao nos deparar com a morte de alguém que amamos, lembremo-nos de que o corpo é apenas o casulo, o abrigo temporário de um ser que, agora, elevou seu status, assim como a rastejante lagarta evolui para a borboleta graciosa.
Pensemos na nossa essência que, tal qual a borboleta, um dia seguirá para um novo patamar, sob os desígnios perfeitos do Divino e do Universo. 

Autoria desconhecida - adaptação de Marcos Aguiar. 


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