FIEL E LEAL

 




Certa vez, Arthur Wellesley (1769-1852), duque de Wellington, estava em campanha com um destacamento de seu exército, quando precisaram passar por um atalho, numa trilha; mas, para pegar a trilha, tinham que penetrar numa propriedade particular - uma humilde fazenda demarcada por uma velha porteira. Ao lado dela estava, de guarda, um mancebo.
- Ei, rapaz! - bradou o duque - Abra já esse portão, pra que eu e meus homens passemos.
- De modo nenhum, senhor - respondeu calmamente o moço.
- Como não?! - esbravejou o famoso militar - Não sabes quem sou, menino? Sou o grande duque de Wellington, que derrotou Napoleão Bonaparte. Agora te ordeno: abra já esse portão!
O jovem tirou da cabeça o chapéu, deu alguns passos em direção ao duque e se inclinou respeitosamente.
- Mil perdões, senhor, mas não posso fazer o que me pedes. O meu pai expressamente me ordenou que eu não abrisse o portão para ninguém. O senhor é um líder militar e certamente não toleras a insubordinação. O senhor forçaria um filho a desobedecer seu pai?
Diante de tais palavras, o general voltou-se para seus homens e disse:
-Dai-me mil homens como este rapaz, e conquistarei não apenas a Europa, mas o mundo inteiro!
Fidelidade e lealdade - dois predicados cada vez mais raros no coração e atitudes dos homens.

Autoria desconhecida - adaptação de Marcos Aguiar. 


Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

UMA FILA QUE VALEU A PENA

A VERDADEIRA RIQUEZA

OS PREGOS