ATÉ O ÚLTIMO INSTANTE

 





Uma guerra civil arrastava-se há meses. Um soldado raso se apresentou a seu superior com um pedido.
– Senhor, meu amigo ainda não regressou de sua missão no campo de batalha. Solicito permissão para ir buscá-lo.
– Permissão negada - respondeu rispidamente o oficial. - Não permitirei que você arrisque a vida por um homem que provavelmente a esta altura está morto.
O soldado fez continência e se retirou. Mas, desconsiderando a proibição, ele saiu e, uma hora mais tarde regressou, muito ferido, carregando o cadáver de seu amigo.
O oficial estava furioso.
– Eu te disse que ele já estava morto, recruta insubordinado! Agora me diga, valeu a pena ir até lá apenas para trazer um cadáver?
E o soldado, tomando fôlego, respondeu:
– Claro que valeu a pena, senhor! Quando encontrei o meu amigo, ele ainda estava vivo e, antes de morrer, ele pôde me dizer: “Eu tinha certeza que você viria!”
O verdadeiro amigo é aquele que chega quando todos já se foram e por isso é digno de confiança!
Porventura tu e eu podemos afirmar que somos como esse amigo?

Autoria desconhecida - adaptação de Marcos Aguiar.


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